Mateus Parreiras, do Estado de Minas, 26/3/12.
Polícia reforça investigação sobre chacina de sem-terra no Triângulo Mineiro
Com as roupas sujas de poeira vermelha e sangue seco dos avós assassinados, o menino de 5 anos que sobreviveu à execução de um trio de líderes do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST), no sábado, no Triângulo Mineiro, saiu do carro que foi emboscado e caminhou por cinco quilômetros para buscar ajuda. Já cansado da caminhada, avistou uma caminhonete que seguia pela estrada de Campo Florido (MGC-455), no distrito de Miraporanga, a 40 quilômetros de Uberlândia. "Ele conseguiu parar o motorista e disse que os avós tinham sido baleados. O condutor não acreditou e foi embora. Mais à frente, viu o Kadett com os três e retornou", conta o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais, Carlos Calazans. As palavras do garoto são o ponto de partida para as investigações sobre o crime, que devem ser intensificadas hoje, já que ontem um grupo de policiais civis da capital foi encaminhado ao Triângulo para reforçar a apuração.
A íntegra.