segunda-feira, 13 de maio de 2013

Na Grécia, trabalho forçado e prisão para grevistas

Nós que viemos depois, como disse Brecht, costumamos nos espantar ao conhecer a ascensão do nazismo, tamanho o horror que provocou. Como foi possível que não reagissem? Pois agora mesmo estamos vendo prosperar não o nazismo, mas a forma autoritária de governo do neoliberalismo, que ainda não tem nome. E a Europa, civilizada e culta, não reage.
É a história do sapo na panela com água fria que vai esquentando aos poucos.
O que os governos conservadores fazem é tão óbvio: demitir 15 mil funcionários -- equivale dizer: cortar os gastos do Estado com 15 mil trabalhadores -- pode, mas deixar de pagar a dívida -- equivale dizer: cortar os lucros dos banqueiros --, não.
A crise deixa claro que o Estado é instrumento dos capitalistas, que ficam ainda mais ricos e continuam recebendo todos os incentivos e remunerações por emprestimos.
O capital é o único problema da economia, quando é que vamos substituí-lo por um sistema melhor? 


Do Opera Mundi. 
Em caso de greve, governo grego forçará professores a trabalhar "O decreto é vergonhoso e horroroso", acusa o sindicato dos profissionais da educação; quem se manifestar pode ir até para prisão 
A Grécia aprovou no final do mês passado um pacote de medidas para o corte de gastos do orçamento do país. O projeto prevê, entre outras coisas, a demissão de 15 mil funcionários do governo nos próximos dois anos. Neste domingo (12/5), os professores gregos receberam a notícia que, caso não trabalhem por motivos de greve ou por manifestações contra os cortes, podem ser punidos pelo governo com até vários meses de prisão.
Em nota oficial, a Grécia emitiu um decreto de mobilização forçosa dos professores para evitar a greve que o Olme (Sindicato de Trabalhadores do Ensino Médio) ameaça colocar em prática na próxima sexta-feira (17/5), quando começa o período de vestibulares para seleção das universidades do país. As informações são da Agência Efe.
O decreto foi divulgado hoje (12) pela imprensa local e teve sua publicação feita no Diário Oficial do Estado e fala sobre "mobilização forçosa". "O governo deve preservar os exames de admissão às universidades que estão ameaçados de anulação pela decisão do Olme", declarou o ministro da Educação Pública, Konstantinos Arvanitopulos.
A íntegra.