Compartilho aqui a carta de Ana Cristina Gontijo, que expressa o que todos os atleticanos estão sentindo.
Prezado senhor Alexandre Kalil,
Há quase um mês, enviei-lhe uma carta. Procurei escrever de forma respeitosa como achei que deveria, sincera como não saberia deixar de ser. Isso foi no final da décima quinta rodada do Campeonato Brasileiro de 2010. Hoje volto a lhe escrever. Sete rodadas depois de ter escrito pela primeira vez, tenho agora a pele alvinegra ainda mais esfolada. Ouço bem mais chacotas por onde quer que ouse passar vestindo minha camisa. E, por mais que eu evite, por mais que eu queira manter a calma, começo a me perguntar se você, Alexandre Kalil, tem qualquer respeito por mim. Ah, você nem sabe quem eu sou? Eu lhe digo: sou torcedora do Clube Atlético Mineiro. Meu clube não se chama Vanderlei Luxemburgo. Respeito a história dele, mas não é por ele que torço, não é em nome dele que chego em casa mais cedo, cansada, e vejo cada partida com o coração na goela. Não é por ele que eu ia ao Mineirão e agora vou a Sete Lagoas.
A íntegra.