Discurso no 14º Encontro Nacional do PT, 2/5/14.
Os ataques da velha imprensa protofascista -- que já aderiu ao Aécio -- vão aumentar.
Nada de novo, é assim há 12 anos.
A mudança é que agora o PT e Dilma vão parar de apanhar calados.
Do Jornal GGN.
Dilma abandona ambiguidade e cai de cabeça na campanha
No 14o Encontro Nacional do PT, ontem em São Paulo, a presidente
Dilma Rousseff repetiu o novo estilo político, de explicitar posições e
sair da postura defensiva adotada nos últimos tempos.
Foi um discurso forte, que começou com uma saudação a Lula e a afirmação de sua pré-candidatura à presidência:
Depois de enumerar os principais programas de seu governo, passa a delimitar as diferenças com os candidatos da oposição com uma clareza até agora inédita.
Tem gente que acha, por exemplo, que o salário mínimo está muito alto. Que é preciso reduzi-lo.
Tem gente que acha que o desemprego está muito baixo e que é hora de aumentá-lo. Que trabalhador brasileiro está ganhando demais, que é hora de voltar a arrochar os salários.
Tem gente que acha que está na hora do Brasil voltar ter as taxas de juros estratosféricas do passado, para atrair investimento especulativos, facilitar a vida dos rentistas e dificultar o crescimento e a produção do Brasil.
Tem gente que acha que é preciso acabar com o programa de cotas para afrodescendentes nas universidades, como já tentaram acabar com o Prouni.
Com a desculpa de defender a meritocracia, eles defendem, na realidade, uma universidade para ricos e brancos.
Há forças políticas que detestam ainda mais os programas que tiram as pessoas da miséria.
Afinal, eles nunca se preocuparam com os pobres deste país, com a distribuição de renda, com a superação da miséria.
Mas essa é a nossa marca; é a nossa história.
E terminou com um desabafo até agora inédito no seu discurso:
Eu quero falar para vocês algo que está engasgado na minha garganta. Algo que está guardado no meu peito de cidadã brasileira.
Eu não fui eleita para arrochar salário de trabalhador!
Eu não fui eleita para virar as costas para os pequenos empreendedores do nosso País
Eu não fui eleita para desempregar trabalhadores e trabalhadoras do Brasil!
Eu não fui eleita para vender ou mudar o nome da Petrobras e entregar o Pré-sal!
Eu não fui eleita para mendigar dinheiro no FMI!
Eu não fui eleita para tornar a saúde do Brasil um privilégio de alguns!
Eu não fui eleita para fazer da Educação um caminho estreito!
Eu não fui eleita para varrer a corrupção para debaixo do tapete, como faziam!
Eu não fui eleita para colocar, de novo, o país de joelhos, como eles fizeram!
Eu não fui eleita para trair a confiança do meu povo!
Eu fui eleita para governar de pé e com a cabeça erguida. E é isso que eu vou continuar a fazer, ao lado do povo brasileiro e com a ajuda dessa militância incrível que sempre nos dá forças e inspiração!
A íntegra.