segunda-feira, 26 de maio de 2014

O legado da Copa: ações republicanas

A realização da Copa está exigindo do Estado brasileiro e dos seus governos, pelo menos aqueles diretamente ligados à realização de jogos, que se articulem uns com os outros e nas suas próprias estruturas, que se equipem e busquem eficiência.
Este é um assunto pouco falado, que fica nos bastidores, mas que pode ser percebido por bons pauteiros; se não está no noticiário é por outros motivos.
Vem acontecendo e não é de hoje: a Copa das Confederações serviu de teste e da lá pra cá o que foi feito foi avaliado e aprimorado. 
São articulações e "alinhamentos" que superam inclusive divergências ideológicas e unem funcionários de governos chefiados por adversários políticos.
Sob liderança do governo federal, que convoca, dá a direção e os recursos, inúmeros mecanismos estatais foram criados e estão funcionando, inspirados pelo objetivo de garantir a realização da Copa,
Reacionários são obrigados a agir, para não ficarem para trás; incompetentes e relapsos são exigidos pela ação dos que trabalham e se dedicam.
Isso acontece pelo menos no âmbito da saúde -- atendimento em situações de catástrofe -- e da promoção dos direitos da criança e do adolescente -- funcionamento dos Conselhos Tutelares; a notícia abaixo indica que também ocorre no âmbito da segurança.
São ações "republicanas", para usar o termo repetido pela presidente Dilma.
A simples integração de estruturas similares mas que funcionam dispersas e o debate das ações é uma prática democrática.
Se serão legados, depende do que vier depois, mas que são avanços me parece certo.

Do Blog do Planalto.
Copa do Mundo permitirá aumento da integração na segurança pública, diz Cardozo
Na primeira de uma série de reuniões sobre segurança pública e defesa na Copa, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, destacaram a integração das forças de segurança para a evento que começa no dia 12 de junho.
O ministro da Justiça garantiu que mais de 100 mil homens estarão atuando na segurança pública. Além disso, como parte da colaboração com outras nações, sete policiais de cada país que participa do torneio acompanharão a respectiva delegação. Cardozo afirmou que o governo federal gastou cerca de R$ 1,9 bilhão na segurança da Copa; R$ 1,2 bilhão do Ministério da Justiça e R$ 700 milhões do Ministério da Defesa.
"Os maiores investimentos do Ministério da Justiça foram nos Centros de Comando e Controle em cada sede da Copa. Eles contam com a mais moderna tecnologia e permitem acompanhamento integral da atuação da forças. Os estádios também contam com centros móveis", explicou o ministro.
Além disso, investimentos em inteligência policial, plataformas de observação elevada e equipamentos antibomba fazem parte da preparação das forças policiais. Cardozo ressaltou que a preparação trará benefícios para o período pós-Copa.
"Um dos principais legados será a melhoria substantiva da segurança pública. Pela primeira vez há uma coordenação ampla. Houve um grande investimento, uma excelente planificação e uma magnífica integração entre as polícias. O Brasil sai diferente na segurança pública e rompe uma cultura de não-colaboração."
O ministro da Defesa, Celso Amorim, detalhou o efetivo das Forças Armadas que estará mobilizado para a Copa. De acordo com Amorim, 57 mil militares estarão fazendo parte da estratégia da defesa para a Copa. O ministro afirmou que a preparação foi iniciada desde que o Brasil foi escolhido como sede. Além disso, mencionou a Operação Ágata 8 e também a apreensão massiva de explosivos nesse processo preparativo para a Copa.
A íntegra.