Lucro da empresa parece de banco.
Ótimo, sinal de que é bem administrada e pode investir na melhoria do sistema, pode reduzir as tarifas e até destinar recursos para educação e saúde, como faz a Petrobrás, com o pré-sal. Certo?
Errado. A Cemig privatizada pelos tucanos Azeredo, Aécio e Anastasia aumenta seus lucros especulando, como bancos e qualquer empresa privada, reduzindo custos com pessoal e qualidade, e ainda distribui todo o lucro aos acionistas privados.
Isso numa empresa monopolista, que controla o "mercado" de produção e distribuição de energia em Minas Gerais.
Os acionistas ficam cada vez mais ricos enquanto a conta de luz aumenta também absurdamente.
Mas o reajuste das tarifas não seria para suprir aumento de gastos?
Por que grandes empresas pagam (muito) menos do que os consumidores residenciais?
As diferenças entre a Cemig e a Petrobrás são as diferenças entre o governo tucano e o governo petista.
Será coincidência que a Petrobrás seja perseguida pela "grande" imprensa e por deputados e senadores, enquanto a Cemig é coberta por um silêncio sepulcral?
Denunciando a Cemig só há reportagens na nova imprensa da internet, como esta, e campanhas populares, que a velha imprensa ignora.
Da RBA.
Estatal mineira tem lucro bilionário especulando com a conta de luz
Depois de tentar aumentar em quase 30% a conta de luz, Cemig, controlada pelo PSDB, compra energia a R$ 100 o megawatt para revendê-la a R$ 822, prejudicando a sociedade e o país
por Helena Sthephanowitz
Imaginem se a presidenta Dilma Rousseff usasse a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para especular com o preço do tomate, na época em que ele estava com o preço alto, e depois anunciasse lucros exorbitantes da empresa por ter vendido tomate caro, se lixando para o aumento de preços? Seria um escândalo. Isto não aconteceu na Conab, mas algo muito semelhante aconteceu na Cemig, empresa de energia elétrica controlada pelo estado de Minas, sob governo tucano desde 2003.
A Cemig anuncia que só no primeiro trimestre deste ano teve um lucro bilionário (R$ 1,25 bilhão, 45% maior do o lucro do mesmo trimestre de 2013) e o motivo foi a decisão tomada há dois anos de explorar mais o mercado livre, onde os preços não são controlados.
Com isso a empresa comprou energia gerada a R$ 100 por MWh e vendeu parte dela no mercado livre a até R$ 822,83. Para efeito de comparação, imagine se a Conab tivesse comprado tomate a R$ 1,00 e vendesse a R$ 8,22 justamente na época em que o produto estava caro.
A íntegra.