Outras perguntas podem se somar ao título da matéria abaixo, para serem pensadas junto com o julgamento do "mensalão" e com as prisões arbitrárias de Genoino e Dirceu, entre outros:
Por que o escândalo do metrô paulista, comprovado internacionalmente e muitas vezes mais grave do que o "mensalão", é tratado discretamente pela "grande" imprensa?
Por que o helicoca dos Perrellas sumiu do noticiário?
Por que o julgamento do "mensalão" tucano não aconteceu até hoje?
Por que não aconteceu nada com o jornalista da Veja pego em flagrante como cúmplice do bicheiro Cachoeira?
Por que a "venda" da Vale para a iniciativa privada pelos tucanos não é tratada como escândalo como a compra da refinaria pela Petrobrás?
Por que a comprovada compra de votos para a reeleição do ex-presidente FHC não deu em nada?
Do Diário do Centro do Mundo.
Como Robson Marinho ainda está no Tribunal de Contas diante de tantas evidências de corrupção?
Paulo Nogueira
"Covas era detalhista. Uma vez eu estava com ele e, sobre a mesa, havia um monte de processos de concorrência, uma pilha enorme. A gente estava conversando e eu falei: 'Mário, você está lendo processos de concorrência?’ Ele respondeu: 'É, isso aqui é importante. São estradas vicinais'. Eu falei: 'Não acredito que você esteja lendo um por um'. E ele: 'Eu vejo todos. Mesmo que tenha que ficar aqui a noite inteira, eu não deixo de ler'. Ele tinha fixação em acompanhar tudo de perto."
O depoimento acima é do jornalista Miguel Jorge, e se refere a Mário Covas, fundador e reserva moral do PSDB.
Morto em 2001, aos 71 anos, Covas ainda hoje é chorado. Muitos atribuem à sua ausência a guinada à direita vale tudo do PSDB sob Serra.
Mas agora seu legado está sendo forçado a uma penosa revisão, no rastro do escândalo das propinas pagas a autoridades tucanas por grandes empresas estrangeiras para a conquista de obras multimilionárias no metrô de São Paulo. Duas companhias se destacam no caso, a alemã Siemens e a francesa Alstom.
A íntegra.