domingo, 5 de setembro de 2010

O planejamento de Luxemburgo inclui disputar a segunda divisão em 2011?

Luxemburgo já considera difícil escapar do rebaixamento. Em 19 jogos o Galo fez 17 pontos. No segundo turno, mais 19 jogos, precisa fazer o dobro. O clube não tem campo para jogar, porque a incompetência do governo mineiro, com aval dos clubes submissos, fechou para reforma os dois estádios da capital. O Galo abandona o Ipatingão e volta para a Arena do Jacaré (depois de maus resultados em Sete Lagoas vai reconsiderar e, quem sabe, jogar em Uberlândia). O elenco é ruim, cheio de jogadores problemáticos (do goleiro ao "número 1") e atletas que só têm nome – assim como o treinador. Luxemburgo fala em estado emocional. Como assim? Um bando de veteranos, como é que podem não ter estabilidade emocional? O que me preocupa não são os jogadores, é o treinador, que também não reage. É como eu digo: o time de ex-jogadores do ex-treinador Luxemburgo, que alugou a camisa do glorioso Clube Atlético Mineiro. Não tem nada a ver com o Galo: não tem raça, não tem amor à camisa. No ano passado, foi o Roth que não soube manter o time na elite que disputa a Libertadores – hoje ele está aí, campeão da Libertadores com o Inter, enquanto o Atlético, com "o melhor treinador do país", desce a ladeira rumo ao rebaixamento. O problema não é com treinador, é com o clube. Não a torcida, não a camisa, não a história. Como é que um clube que tem "o melhor centro de treinamento do país" pode estar nessa situação? O treinador escolhido já demonstra incompetência da diretoria. Os jogadores que ele trouxe também. É o Atlético que precisa ser totalmente repensado e refeito, enquanto é tempo. Daqui a pouco não terá mais nem torcida, porque a torcida já cansou de carregar o time. Luxemburgo pede para a torcida jogar com o time. A torcida sempre jogou, mas não entra em campo. É o time que não joga, é o treinador que não tem competência mais. Se tiver, está na hora de mostrar. Seja como for, sou contra demiti-lo, se formos rebaixados para a segunda divisão, ele deve ir junto e cumprir até o fim seu contrato de dois anos, que termina no final de 2011. O Galo desceu uma vez e voltou, graças a sua torcida e a Levir Culpi. É provável que caia outra vez; se não cair, ficará perto disso. Na segunda divisão ou entre os piores da primeira, o que fará o Atlético no ano que vem, o ano em que Luxemburgo prometeu "conquistar um título nacional importante"? Não poderá contar com torcida, como contou em 2006. Ou Luxemburgo mostra que ainda é um grande treinador, muda tudo e faz do Galo um time vencedor. Ou Kalil mostra que é mineiro e vende esse bonde de volta para um paulista, muda tudo e recupera os tempos em que o Atlético tinha brios. Ou o clube reformula sua direção e sua gestão. Ou então se conforma em ser definitivamente um clube de segunda.