terça-feira, 21 de agosto de 2012

Direitos humanos 4: a perseguição aos pretos, pobres e periféricos

É a política dos governos municipais e estaduais neoliberais, como os de Belo Horizonte, Minas, São Paulo capital e Estado. Política que também põe pedras debaixo de viadutos e joga água em mendigos, e que contaminou até governos considerados de esquerda.

Da Agência Carta Maior.
"Pretos, pobres e periféricos (3 Ps): essa é a sigla da nossa política de extermínio" 
Caio Sarack
São Paulo - Adalton José Marques, mestre em Antropologia Social e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), acompanha de perto os problemas de segurança pública, bem como as relações entre presos, tema de seu mestrado. Em entrevista à Carta Maior, ele defende que muitos dos problemas vividos hoje na segurança pública de São Paulo são resultantes da postura conservadora e maniqueísta presente na atual política do Estado. Em São Paulo, este cenário se agrava consideravelmente, segundo ele, em função do fato de que a gestão tucana impele sua polícia militar a agir energicamente com um alvo bem definido: "a população precarizada das periferias e subúrbios". O professor destaca também a submissão da mídia aos governos estadual e municipal. Em suas palavras, a mídia "corrobora os passos do governo e não cobre a divergência que parte das periferias". Adalton Marques problematiza uma versão que esta mesma mídia reproduziu nos últimos meses. Para ele, a proximidade entre crime e forças do Estado não são pontuais. A soma de injustiças e excessos no castigo aos presos fez emergir comandos vários, inclusive o PCC, no que ele chamou de frágil equilíbrio, efeito dos múltiplos conflitos e relações entre crime e Estado.
A íntegra.