Conheci (a literatura de) Rubem Alves no começo dos anos 80, quando o professor Ricardo Fenatti adotou seu "Filosofia da Ciência", livro original, provocador, bem humorado, surpreendente.
O mundo está ficando despovoado com tantas mortes.
Do jornal GGN.
Morre, em Campinas, o escritor e educador Rubem Alves
Jornal GGN – Morreu hoje, às 11h50, no Hospital Centro Médico de Campinas, o escritor e educador Rubem Alves. Aos 80 anos, o escritor morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos, conforme informou o Hospital. No início da manhã de sábado, a assessoria do hospital divulgou boletim médico em que informava sobre o agravamento das condições de Rubem Alves. Algumas horas depois nova informação, que informava seu falecimento. O corpo do escritor sera velado a partir das 19h na Câmara Municipal de Campinas.
Rubem Alves foi um intelectual respeitado. Nasceu em 15 de setembro de 1933 em Dores da Boa Esperança, Sul de Minas. Sua cidade é conhecida pela serra imortalizada por Lamartine Babo e Francisco Alves, na música "Serra da Boa Esperança".
Em 1945 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Alvo de chacotas no colégio, refugiou-se na religião. Prosseguiu com o estudo de teologia e iniciou sua carreira dentro da igreja como pastor em uma cidade do interior de Minas.
Entre 1953 e 1957 estudou Teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas, transferindo-se para Lavras (MG) em 1958, onde exerceu suas funções como pastor até 1963.
Casou-se em 1959 e teve três filhos: Sérgio, Marcos e Raquel. Sua caçula foi a musa inspiradora na elaboração de contos infantis.
Em 1963 foi para Nova York, retornando em meados de 1964 com o título de Mestre em Teologia. Denunciado por autoridades da Igreja Presbiteriana como subversivo, em 1968, foi perseguido pelo regime militar. Ato contínuo, abandonou a igreja e retornou com a família para os Estados Unidos. Lá, tornou-se doutor em Filosofia pelo Princeton Theological Seminary.
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