Do Outras Palavras via CartaCapital.
No filme 'Tarja Branca', um corajoso elogio do brincar
Documentário deixa latente a ideia de que a brincadeira está em perigo e de que é preciso recuperá-la, mas esquece-se talvez dos processos sociais por trás disso
por Deni Rubbo — publicado 16/7/2014 13:09
Ouça um bom conselho que vai de graça: hoje, amanhã, ou por esses dias, não se acanhe de selecionar a foto de que você mais gosta de quando era criança guardada na sala ou naquele armário empoeirado. Preferencialmente uma foto que vai rememorar aquela criança viva, ativa, sorridente, brincalhona, lúdica que você foi. Olhe para ela e faça as seguintes perguntas: Como ela está e por onde ela está? Caso não tiver coragem, não se preocupe, a foto perguntará para você. A possibilidade de nos assustarmos é altíssima. E de repensarmos algumas coisas também.
Esse sábio conselho aparece em um dos trechos do sensível e delicado documentário Tarja Branca – A Revolução que Faltava, dirigido por Cacau Rhoden. Produzido pela Maria Farinha Filmes, que possui em sua bagagem documentários sobre a infância como Muito Além do Peso (2012) e Criança, a Alma do Negócio (2008), ambos de Estela Rennel, Tarja Branca é um incrível manifesto pelo direito de brincar da criança. Isso mesmo.
A íntegra.