A interdição do Parque Municipal, a principal área de lazer de Belo Horizonte, caminha para um mês, sem data de reabertura prevista. Sobre isso, a notícia do saite da prefeitura é ótima: "Não vamos divulgar datas, para não correr risco de não cumpri-las", diz acacianamente o secretário municipal do Meio Ambiente. Isto vindo de qualquer empresa seria uma aberração: uma empresa que não tem planejamento, não tem prazos, não assume responsabilidade com seu cliente (toda a população da cidade). Uma empresa que tem de fechar para avaliar seus procedimentos, quando acontece uma falha. Como confiar numa empresa assim? E no entanto este é o propósito da administração Lacerda, o prefeito empresário milionário que não mora na cidade que administra: fazer a prefeitura funcionar como uma "eficiente" empresa privada. O blog Praça Livre BH faz outras considerações. Obviamente, para vistoriar árvores, não é preciso fechar o parque, do contrário seria preciso fechar também a cidade, cujo número de árvores é cem vezes maior. Obviamente também, numa cidade democrática, com legislativo independente e imprensa crítica, o prefeito já teria sido obrigado a prestar contas de tanta incompetência.
Parque livre
Por Luther Blissett
A gente tinha que exigir que o prefeito fosse a uma audiência pública para explicar umas coisinhas sobre o Parque Municipal:
1. Que risco as árvores do Parque Municipal representam para a população?
2. Como os técnicos da PBH chegaram a esse diagnóstico?
3. Quais são as soluções existentes para sanar o problema?
4. Que custo cada uma dessas soluções representaria para a PBH e quais seriam as vantagens e desvantagens de cada uma delas?
A íntegra.
Concluída a 1º etapa de vistorias das árvores no Parque Municipal
Publicado em 4/2/2011
Das 3.562 árvores existentes no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de BH, 2.546 (72%) não vão sofrer nenhuma intervenção, 544 (15%) serão podadas, 147 (4%) reavaliadas e 325 (9%) retiradas (sic). Este foi o resultado da primeira etapa da força-tarefa que se formou para acelerar o trabalho de vistoria de todas as espécimes de árvores do Parque. Essa avaliação foi concluída no último dia 28. Do total de árvores, aproximadamente 1000, com diâmetro menor que 10 cm, foram excluídas da vistoria, uma vez que não representam risco. De acordo com o secretário Municipal de Meio Ambiente, Nívio Lasmar, cerca de 70 árvores já foram cortadas, mas ainda não há previsão para o término dos trabalhos. "Esta não é uma operação simples, porque o corte de uma árvore tem que ser feito criteriosamente, e gera um volume muito grande de madeira. (...) Vamos fazer o mais rápido possível. Mas, não devemos marcar datas para não correr o risco de não cumpri-las". O Parque Municipal, localizado no centro da cidade, foi fechado, no dia 14 de janeiro, após a queda de uma árvore que atingiu uma mulher, causando seu falecimento.
A íntegra.