Sim, o Brasil precisa ter cultura de prevenção de tragédias e de políticas de longo prazo. Tupã é o avanço que a ciência possibilita; por outros meios, os indígenas brasileiros também faziam suas previsões e se protegiam de desastres naturais. A ciência não é neutra, é usada pelo homem, que faz escolhas, influenciadas por interesses pessoais e de classe. Os EUA têm a maior riqueza do planeta, a mais desenvolvida ciência – e também os maiores interesses econômicos, que não impedem guerras e catástrofes, ao contrário, as provocam. Tupã ajuda a prever, mas é preciso também tirar as pessoas das áreas de risco, planejar a ocupação urbana, confrontar os interesses imediatistas do lucro, que tornam as cidades rios de ruas, quando chove. O maior dos planejamentos é investir em educação: escolas públicas de qualidade em tempo integral para todos. Quando o Brasil vai fazer isso?
Do Blog do Planalto.
O Brasil precisa ter a cultura da prevenção dos riscos de desastres naturais
A população brasileira precisa ter a cultura da prevenção dos riscos de desastres naturais. E o modelo ideal é aquele desenvolvido no Japão. Lá, todos são capacidados por meio de treinamento a enfrentar as mais diversas situações de catástrofes. A avaliação é do novo secretário de Políticas e Programas de Pesquisas e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, em entrevista ao Blog do Planalto. Ele informou que o supercomputador Tupã, que entra em operação este mês, na unidade do INPE [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais], no município de Cachoeira Paulista (SP), é uma ferramenta importante no sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais. "O Brasil não é imune aos riscos de novas tragédias. Elas estão ocorrendo agora com mais frequência. Temos que começar com o plano. Não podemos esperar o próximo ano, as próximas chuvas", disse.
A íntegra.