A corrupção faz parte do sistema, está em toda parte. Até gente de esquerda (e nem é o caso, o governo tem PT, PMDB e muito mais), quando chega ao poder, costuma não resistir. Afinal, dinheiro é o principal valor desta sociedade. A PF age, o Ministério Público age. E Dilma não está sendo tolerante. Interessante o nome da instituição, que usa o adjetivo "sustentável", essa ideia aparentemente favorável ao meio ambiente, mas que não verdade é também pura "fachada": não há sustentabilidade possível no capitalismo. Palavras são usadas para enganar e ladrões fazem o discurso da honestidade, assim como jogadores de futebol fazem faltas violentas enquanto levantam os braços para dizer que nem encostaram no adversário.
Do Vi o mundo.
"Tem que ser uma coisa moderna, que inspira confiança"
Conversa telefônica gravada durante a investigação da Operação Voucher, da Polícia Federal, e divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, mostra o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico da Costa, orientando um empresário a obter um imóvel maior para servir como fachada para sua empresa. Segundo relatório do Ministério Público citado pelo jornal, o empresário é Fábio de Mello, dono de uma das empresas de fachada beneficiadas pelo Ibrasi (Instituto Brasileiro de Infraestrutura Sustentável), ONG que firmou contrato suspeito com o Ministério do Turismo."Pega um prédio moderno, meio andar, fala que tá com uma sede que está em construção [...]. O importante é a fachada. Tem que ser uma coisa moderna, que inspira confiança em relação ao tamanho das coisas que vocês estão fazendo", afirma Costa na gravação. Deflagrada na terça-feira (8), a Operação Voucher prendeu um total de 36 pessoas, em São Paulo, Brasília, Curitiba e Macapá. As investigações começaram em abril e apontaram possíveis irregularidades em um convênio de R$ 4,45 milhões firmado entre o Ministério do Turismo e o Ibrasi. Entre os presos na operação, além do secretário-executivo, está o ex-secretário-executivo da pasta, Mário Moysés.