O governo Dilma, como o governo Lula, é o melhor para o capital, como atestam banqueiros e empreiteiros, que ganham como nunca – ou como sempre. A diferença é que setores populares também estão sendo contemplados. Tudo dentro da lógica de crescimento do capitalismo ("desenvolvimento"), na qual governos de esquerda distribuem as migalhas aos pobres, com anuência dos ricos. Lógica que só funciona enquanto há crescimento: em crises, como mostra a situação europeia, os ricos cortam a distribuição de migalhas. Não faz parte dessa lógica planejamento de longo prazo que ponha em risco o sistema: educação pública de qualidade, por exemplo, que é capaz de pôr os pobres em condições de igualdade com os ricos. Ou a conservação do ambiente, que corte lucros do agronegócio. Ou moradias e condições de vida com qualidade nas cidades, como é o caso em questão. Basta construir: qualquer caixotinho em qualquer lugar, espigões que deterioram os bairros e o clima... Montadoras também são xodós dos governos: quanto mais carros melhor para a economia, não importa se o trânsito e a qualidade de vida nas cidades ficam caóticos, não importa que o transporte coletivo de qualidade seja a solução razoável de longo prazo, o que vale é que a produção de carros movimenta a economia, gera "renda e emprego"...
Do Blog do Planalto.
"Queremos que o setor da construção civil continue gerando renda e emprego" No primeiro semestre deste ano, o Brasil quebrou recordes no setor da construção civil: o segmento teve a segunda maior taxa de crescimento de postos de trabalho (7,33%), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e o número de financiamento de imóveis atingiu a marca de 236 mil. Os dados foram apresentados pela presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira (10/8), em São Paulo, durante abertura do 83° Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic). Segundo a presidenta, esses números dialogam com o programa Minha Casa, Minha Vida.