Da Agência Carta Maior.
A jornalista Maria Inês Nassif passa a fazer parte da equipe da Carta Maior. Nos últimos anos, Maria Inês consolidou-se como uma das mais argutas e qualificadas colunistas políticas do país e seu trabalho prosseguirá agora, nas páginas virtuais da Carta Maior, com uma coluna semanal, reportagens e entrevistas. Além de Maria Inês Nassif, a CM passa a contar com correspondentes em Londres, Berlim, Buenos Aires e Santiago do Chile, novos colunistas e outras novidades.
Uma decisão do STF que trocou seis por meia dúzia
Impregnado da ideia conservadora de que o mercado deve ser regulado o mínimo, porque é movido pela racionalidade do lucro, e de que a política, destituída de racionalidade e de bons propósitos, precisa de intervenções constantes que inibam a ação de interesses individuais e malfeitos coletivos, o senso comum brasileiro tende a apoiar as interferências constantes da Justiça nas regras eleitorais e a clamar por mais restrições legais à vida partidária. A história da democracia recente do país, todavia, é a prova cabal de que são no mínimo discutíveis os efeitos de uma legislação draconiana, no que se refere a partidos politicos; e que o direito divino autoassumido pelo Supremo Tribunal Federal de regular coisas "mundanas e sujas", como o voto e os políticos, independentemente do que dizem as leis, é incapaz de resolver, por decreto, as limitações de um sistema partidário jovem, porém fundado em práticas tradicionais. Em suma, não existe lei partidária que mude, por si, uma realidade histórica.
A íntegra.