Toda logo de "evento" é polêmica, seja por plágio, seja por feiúra. Plágio não é exclusividade de logos: as revistas brasileiras são cópias de revistas estrangeiras, os programas de televisão também (Jô Soares copiou até a caneca do David Letterman). A logo da Copa do Mundo de 2014 ("Chico Xavier") é de uma feiúra original; basta compará-la com a da Copa de 1950 (abaixo), muito mais bonita. No caso da logo dos Jogos Olímpicos de 2016, estão presentes tanto a feiúra quanto o plágio. A escolha da marca dos Jogos de 2016 levou nove meses e envolveu um caminhão de gente, para, no fim, recair sobre uma cópia. Será que essa gente que escolhe não conhece marcas? Se não conhece, por que faz parte da comissão julgadora? Um dos principais objetivos da existência da comissão deve ser justamente evitar plágio. A marca do carnaval de Salvador (à direita) não tem desculpa, é idêntica à outra (no centro). A dos Jogos (na esquerda) leva um desconto, pode-se dizer que foi "inspirada" na original. Inspirada e piorada, porque ficou bem feia. A questão, porém, é outra: pra que marca de Jogos Olímpicos? Eles já têm um símbolo, as cinco argolas, bastava acrescentar o nome da cidade e o ano. A marca é só para ser vendida. Em função dela serão comercializados infinitos produtos "licenciados", com muito lucro para os organizadores, objetivo final dos Jogos Capitalistas, digo Olímpicos. Esportes? Ah sim, máquinas humanas dopadas de formas novas vão participar do "evento".