Também em Londres, a democracia está ocupando a praça. Dizer que é um movimento anti-capitalista ou socialista não é exato, porque ninguém sabe direito o que pôr no lugar desse polvo que move a economia em todo o mundo. Mas cada vez mais gente sabe que não dá para continuar do jeito que está. A questão é: o capitalismo pode ser diferente?
Do blog Somos andando.
"Nós somos os 99%" – Occupy London
Fazia 8ºC na City, o coração do mercado financeiro inglês, em Londres, na tarde de quarta-feira, 19 de outubro. Ainda assim, cerca de 150 pessoas continuavam nas barracas montadas desde sábado, 15, em frente à Catedral de St. Paul’s, e não pareciam pretender sair de lá tão cedo. Em Londres, a repercussão do movimento americano Occupy Wall Street está sendo chamada de Occupy the London Stock Exchange, ou Ocupem a Bolsa de Londres (página no Facebook e no Twitter), e segue na mesma linha do que se vê nos Estados Unidos. Não há um líder ou um porta-voz, sequer uma proposta clara do que pode ser feito para mudar o mercado financeiro ou o sistema político-econômico. "Pergunte a 100 pessoas aqui e você vai ter 100 diferentes respostas", disse Ben, um jovem de 22 anos que recém terminou a faculdade de história e política e agora trabalha em um bar, mas não quis ser fotografado nem dar o sobrenome. "A polícia nesse país usa um monte de artifícios pra tentar pegar alguém", justificou. A sensação não é incomum por aqui. A instituição que deveria dar segurança geralmente é motivo de medo. Mas a relação com o movimento anda amistosa, apesar de um pequeno confronto no começo.
A íntegra.