Jovens (e não só jovens) caminharam para Bruxelas, a partir de vários pontos da Europa, e convocaram jovens (e não só jovens) de outras partes do mundo a se mobilizarem também. Seu lema ("O maior perigo que nos ameaça é a passividade") é um aviso contra aquela história da rã, que morre frita porque não pula enquanto a água esquenta. É um acontecimento sem precedentes na História.
Da Agência Carta Maior.
"Contra o poder financeiro, político, militar e midiático"
Eduardo Febbro, direto de Bruxelas
A sede da revolta europeia contra o sistema financeiro, as oligarquias que conservam o poder em caixas fortes, a impunidade, a democracia sequestrada por um punhado de privilegiados e os grandes grupos de comunicação que pintam a realidade segundo a multinacional a qual pertencem está em Bruxelas. Há uma semana, centenas de indignados vindos de toda a Europa se instalaram na capital belga para participar da Ágora Internacional Bruxelas, uma antessala da manifestação mundial que será realizada neste sábado, dia 15 de outubro. "O maior perigo que nos ameaça é a passividade": essa é a consigna com a qual trabalha todos aqueles que vieram a Bélgica através de uma marcha de 1.200 quilômetros que consta de três frentes: a Marcha Meseta, que saiu de Madri, a Mediterrânea, que saiu de Barcelona, e a Marcha Toulouse, que saiu desta cidade do sul da França. A medida que passaram os dias convergiram para Bruxelas indignados da Grã-Bretanha, Grécia, Alemanha, Itália, Irlanda, Noruega, Dinamarca, Suécia, Holanda e Portugal. Os caminhantes chegaram a Bruxelas com um tesouro nas mãos: O Livro dos Povos. Na marcha em direção a Bélgica, os indignados realizaram nas localidades visitadas assembleias populares nas quais recolheram as queixas, ideias e reflexões dos habitantes.
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