Dessa vez é no Bairro Gutierrez. A população precisando de áreas públicas, verdes, parques e praças, para poder respirar, caminhar, conviver, mas o prefeito que não mora na cidade que administra e tenta vender até rua só quer prédios e mais prédios. Para poder podar uma árvore qualquer belo-horizontino tem que esperar meses, anos quem sabe, mas a autorização de desmatamento e construção deste novo arranha-céu saiu rapidinho. Construtoras fazem o que querem na cidade, como fechar ruas para movimentação de caminhões e transformar passeios em canteiro de obras, sem serem incomodadas pela prefeitura.
Do saite da Câmara Municipal.
Edificação em terreno arborizado no bairro Gutierrez é discutida em audiência
Os impactos da construção de um edifício residencial num terreno de 3 mil m² na Rua Estácio de Sá, no Bairro Gutierrez, foram debatidos na Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana na tarde desta quinta-feira, 13/10. Por solicitação de Leonardo Mattos (PV), representantes da Prefeitura e da empresa responsável pelo empreendimento foram chamados para esclarecer aos moradores da região sobre aspectos como a circulação de veículos e a supressão de árvores no local. O deputado estadual Délio Malheiros questionou aspectos da legislação como o que permite maior área construída mediante pagamento. "Não devemos entrar no jogo da especulação imobiliária", defendeu. Segundo os moradores presentes, que exibiram fotos do local, o terreno elevado de 3.300 metros quadrados na Rua Estácio de Sá, onde será construído o Edifício Reservatto, com 48 apartamentos, é totalmente coberto por vegetação nativa, com muitas árvores de grande porte, pássaros e animais silvestres. Eles temem ainda o aumento da circulação no local e, durante as obras, o impacto da movimentação de carretas na via, estreita e sem saída, com acesso muito íngreme. A moradora Daniela Haslan questionou o licenciamento, que teria sido concedido de forma rápida e sem diálogo com os moradores. Segundo ela, diversas árvores já foram cortadas e os moradores já encaminharam denúncia no Ministério Público, que teria aberto inquérito civil para apurar os procedimentos.
A íntegra.