Em Belo Horizonte, Hoje em dia é o único "grande" jornal (e revista) que pode se orgulhar de ser chamado assim. Nem sempre, mas frequentemente. Os outros todos têm rabo preso com Aécio-Anastasia e Lacerda, ignoram as mais respeitáveis entidades e opiniões e se esmeram em esconder as notícias. É claro que a pauta está rolando na internet há anos, mas antes tarde do que nunca. Prefeito e governador atuam em defesa dos interesses que representam, os do capital, que em Belo Horizonte são sobretudo as construtoras de edifícios e imobiliárias. É por isso que há acampamentos em praças de todo o mundo, porque o sistema democrático representativo está falido, nós elegemos esses sujeitos, mas, uma vez no poder, eles representam os interesses dos lobbies, dos banqueiros, da indústria bélica, dos ricos, enfim, como bem disse o ex-presidente Lula e pode ser lido permanentemente neste blog ("Somos eleitos pelos mais pobres, mas quem tem acesso ao gabinete são os mais ricos").
Do Hoje em Dia.
Copa de 2014 impulsiona a desocupação de terrenos em BH
Movimentos populares acusam Prefeitura de BH de desocupar terrenos invadidos devido à especulação imobiliária
Daniela Garcia, 26/10/2011
A Prefeitura de Belo Horizonte pressiona a desocupação de terrenos em diversas regiões da capital por conta da proximidade da Copa de 2014. A denúncia é de movimentos e entidades como o Polos Cidadania da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Comitê Popular dos Atingidos pela Copa 2014 (Copac), o Movimento de Luta pela Moradia (MLPM) e as Brigadas Populares. Todos afirmam que sete movimentos populares temem a remoção das comunidades devido à especulação imobiliária com a realização do megaevento. E ainda sugerem que essa seria uma prática para "higienização da pobreza" em território belo-horizontino. As acusações não procedem, segundo o procurador-geral do município, Marco Antônio de Rezende Teixeira. Ele afirma que o processo de remoção de ocupações ilegítimas não foi alterado devido aos jogos que vão acontecer em BH. "Antes, durante e depois da Copa, a prefeitura vai manter os mesmos métodos e valores", enfatiza. No entanto, os movimentos populares e as entidades que os representam estão em alerta, principalmente depois da sexta-feira passada (21). Na data, a Regional Norte da prefeitura, sob escolta do Batalhão de Choque da Polícia Militar e de homens da Guarda Municipal, demoliu 24 casas de alvenaria na comunidade Zilah Spósito, no Bairro Jaqueline. Ao saber da ação, membros da Defensoria Pública Especializada em Direitos Humanos se mobilizaram para impedir o procedimento. Liminar expedida, no mesmo dia, pela 6ª Vara da Fazenda Pública proibiu que a demolição continuasse. "A ação foi realizada sem ordem judicial e sem a realocação das famílias", justifica a defensora pública Cryzthiane Andrade Linhares.
A íntegra.