sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A privatização do sistema elétrico

Os neoliberais não abandonam sua bandeira, mesmo diante do flagrante fracasso mundial do modelo. Na trincheira tucana paulista, avançam para a privatização do setor energético.

Do saite Envolverde.
Privatizar é o "preço justo"?
Campanha da Fiesp pelo "preço justo" da conta de luz traveste o desejo de privatização do setor energético
São 112 concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Até o fim deste ano o governo federal terá de optar: prorrogação ou leilão. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pressiona pelas licitações e lança a campanha "Energia a preço justo". Especialistas consideram o movimento da indústria um "golpe" que tem o objetivo de privatizar o setor energético brasileiro por completo. O conjunto de concessões envolve 28% da capacidade de geração, 82% da malha atual de transmissão e 40% da distribuição de energia do país. Os contratos que findaram em meados dos anos 1990 foram prorrogados por mais 20 anos. Portanto, a partir de 2015 começam a vencer, mas é neste ano que a decisão sobre as concessões será tomada. Dentro do governo federal, o consenso é renová-las. Mas a campanha "Energia a preço justo", lançada pela Fiesp, pressiona pela realização de leilões públicos de todos os ativos. A entidade argumenta que o leilão público é a melhor maneira para o país encontrar o real valor dos serviços públicos de energia (geração, transmissão e distribuição). Para alguns analistas e movimentos sociais, contudo, falta contar a outra parte da história. "O que está em disputa são, sobretudo, as hidrelétricas antigas, a geração. A forma de defender que é preciso privatizar é dizer que deve haver novos leilões que beneficiariam a sociedade", aponta Gilberto Cervinski, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
A íntegra
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