A importância do grande capital para a economia brasileira é que ele tem muito dinheiro para investir, certo? Errado. Toda grande empresa, nacional ou estrangeira, que investe no Brasil usa dinheiro do BNDES. O mínimo de justiça que o banco -- que empresta dinheiro público subsidiado -- pode fazer é emprestar igualmente para os pequenos. Quando os grandes chiam -- os ditos empreendedores, adeptos da livre iniciativa, neoliberais, enfim --, é porque querem que o dinheiro do Estado seja todo para eles, exclusivamente para eles.
Da Rede Democrática.
BNDES financiará a democratização midiática
Por Cesar Fonseca
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), presidenta da Comissão de Cultura da Câmara, comanda o início de uma grande revolução no Brasil, abrindo o debate sobre a democratização midiática nacional, a partir do dia 7 de maio, terça feira, 14 horas, no Congresso Nacional. O tema central é o financiamento pelo BNDES para as mídias comunitárias.
O grande banco estatal brasileiro, que até hoje assistiu apenas os grandes grupos midiáticos, que atuam, como oligopólios, alienando o povo, agora, sob orientação da presidenta Dilma Rousseff, abre as portas para os pequenos.
Com certeza, o oligopólio midiático brasileiro, formado por meia dúzia de plutocratas, vai chiar brabo.
A democratização midiática começará a ser alavancada pelo poder dilmista por meio de financiamento do BNDES às "micro e pequenas empresas de comunicação nas diversas plataformas". Abre-se um mundo de novas oportunidades que balançará e renovará a cultura nacional. Isso significa que os empresários de pequeno porte, bem como associações comunitárias, terão oportunidade de explorar o setor de comunicação no Brasil, levando informações variadas, sintonizadas com os interesses da comunidade, a mais prejudicada pelo massacre midiático oligopolizado, que vende à população o pensamento único neoliberal, tanto no plano da política, como da economia e, também, da cultura.
O país está, praticamente, estagnado em termos culturais, sem movimento de renovação. A oligopolização midiática, sintonizada com o pensamento único neoliberal, não interessa por essa questão fundamental para formação da nacionalidade soberana. Ela está, unicamente, interessada em servir aos seus verdadeiros patrões, os grandes bancos, cuja missão tem sido, apenas, a de especular financeiramente com a moeda nacional, empobrecendo o povo, no processo de desorganização e fragilização da economia, sustentando, consequentemente, a colonização cultural.
Os grandes financistas, cujo discurso básico é o de atacar a orientação nacionalista imprimida pela presidenta Dilma à economia, odiarão, certamente, mais essa ação do BNDES. Participantes dos conselhos de administração dos principais veículos de comunicação do país, porque os financiam e, dessa forma, orientam sua linha editorial, voltada ao antinacionalismo, os representantes da bancocracia rearmarão suas baterias para os novos ataques.
A íntegra.