A história brasileira e o golpe que acabou de fazer 49 anos e gerou uma ditadura de 21 deveriam ser suficientes para que entendêssemos que toda a agitação promovida pela "grande" imprensa durante governos democráticas tem como objetivo final o golpe e a ditadura.
A direita não consegue chegar ao poder pelo voto, por isso se especializa em criar climas golpistas. Na Venezuela o novo golpe já está a caminho. Nos EUA, o ex-presidente Bush foi eleito mesmo tendo recebido menos votos do que seu adversário, o ex-vice-presidente Al Gore; no entanto, foi empossado sem contestação e reeleito. Na Venezuela, a diferença pró-Maduro foi de mais de 1% e o resultado reconhecido pelo tribunal eleitoral e por observadores internacionais, mas a oposição não reconhece sua derrota e o governo americano (Obama!) quer recontagem de votos.
Na verdade, tudo tem o mesmo objetivo, que é também o da imprensa brasileira ao só noticiar coisa ruim, e repetir e ampliar essas notíticas dia após dia, numa prática sensacionalista que afasta leitores e assusta a velha classe média: preparar o golpe.
O golpe pode vir pelo voto, se a manipulação da opinião pública funcionar -- como funcionou na eleição de Collor, em 1989 -- ou pela força -- da violência, das armas, de preferência com ajuda norte-americana.
O golpismo atinge até mesmo militantes da esquerda que participaram de 1968, "o ano que não terminou", agora convertidos em neo-udenistas, que gritam como corvos, imitando o original (Carlos Lacerda), de triste memória.
Não há duvida -- como demonstram as pesquisas de aprovação à presidente Dilma e ao ex-presidente Lula e comprovaram as eleições de 2002, 2006 e 2010 -- de que aqueles que querem a democracia são maioria. Mas os golpistas fazem muito barulho. E matam.
Do Opera Mundi.
Após mortes, Maduro promete "mão dura contra fascismo" e proíbe marcha
Governo diz que mortos são chavistas. Dois eram militantes do PSUV nos Estados de Táchira e Zulia
O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu nesta terça-feira (16/4) aplicar "mão dura contra o fascismo", ao mesmo tempo em que denunciou que grupos opositores planejam um golpe de Estado, após atos violentos serem registrados no país. Até o momento o saldo é de sete mortos, 61 feridos e diversas instalações públicas, como centros de saúde, danificadas.
Os CDIs (postos de saúde) de La Limonera, Oropeza e Trapichito foram incendiados, deixando um saldo de três mortos. Em La Limonera foi morto o militante chavista Luis Ponce, de 45 anos, por motoqueiros encapuzados. Dois militantes do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) foram assassinados nos Estados de Táchira e Zulia, além de um policial tachirense. Mais uma pessoa foi morta no Estado de Sucre.
"Isso é responsabilidade daqueles que convocaram a violência, que desacataram a Constituição e as instituições (...) o plano é um golpe de Estado", afirmou Maduro em cadeia nacional de rádio e televisão. Ele foi eleito presidente domingo (14/4/13), porém, o candidato derrotado Henrique Capriles pede uma recontagem dos votos como condição para reconhecer o resultado. Capriles ainda não formalizou o pedido ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral).
A íntegra.