Do Opera Mundi.
Times latino-americanos tentam resgatar espírito democrático do futebol em Copa Amadora Alternativa
Raphael Piva, Gabriel Brito e Marina Mattar, de Gualeguaychú (Argentina)
Argentinos, brasileiros, chilenos, uruguaios e pessoas de variados países calçaram as chuteiras no mês de fevereiro em busca da conquista do título de campeão da América. A cena facilmente se ligaria ao início da Copa Libertadores. Mas, paralelamente à grande exposição e aos milionários patrocinadores que envolvem a principal competição de clubes do futebol profissional latino-americano, dezenas de equipes amadoras do continente se reuniram no balneário argentino de Gualeguaychú, província de Entre Ríos, para a segunda edição da Copa América Alternativa.
A proposta do evento é criar um ambiente que possibilite o intercâmbio esportivo, cultural e político a partir do futebol entre times de diferentes localidades. Por mais que as equipes tenham disputado a taça com seriedade, houve um esforço coletivo para colocar os ideais de solidariedade à frente da competição dos campos.
Imagens de Che Guevara e símbolos anarquistas e comunistas se juntavam a bandeiras de diversas lutas sociais estendidas entre as barracas dos participantes. As cerca de 300 pessoas que acamparam, entre os dias 14 e 17 de fevereiro, no Parque Unzué alternaram os jogos com atividades culturais, musicais e tarefas coletivas de manutenção do local, como a limpeza dos banheiros e vestiários.
A íntegra.