A PM, todos sabemos, continua sendo a mesma da época da ditadura. Nada de novo. O que chama atenção nesta notícia é ela própria. Bhaz não é grande imprensa (que eu saiba), mas o vício é antigo. A defesa do policial já está no título: "confunde". Como assim? O repórter (que não assina a matéria) testemunhou a confusão? Ou foi o tenente que disse? "Confunde" não é fato, o fato são os tiros contra o vigia, o vigia baleado, mas como se trata de policial, embora aposentado, a notícia já vem com a justificativa. O título não diz que o tenente baleou o vigia! E a matéria diz que a vítima foi baleada "por engano". Mais: diz que "o tiro saiu da arma"! Sozinho, talvez. Atirar não é uma violência maior do que arrombar? Já existe pena de morte para (suposto) arrombador de carro? E o tenente-coronel (segunda mais alta patente da PM) é médico também! E sobre o vigia, que também estava armado, embora não estivesse trabalhando e sim levando a mulher grávida ao médico, nenhuma palavra? Bhaz atribui o crime a uma "confusão" e justifica a violência praticada por quem deveria coibi-la.
Do Bhaz.
Tenente reformado confunde vigia com ladrão e dispara seis tiros na região hospitalar de BH
Um vigia foi baleado por engano, na manhã desta quarta-feira (10), em frente ao Hospital das Clínicas, no bairro Santa Efigênia, região hospitalar de Belo Horizonte. O tiro saiu da arma de um tenente-coronel reformado da Polícia Militar (PM).
De acordo com a PM, o tenente-coronel de 65 anos, que também é médico na cidade de Alfenas, acompanhava um bebê em uma ambulância, quando viu dois homens arrombando um veículo Hyundai, na porta do hospital.
O policial reformado teria tentado impedir o assalto, mas os dois homens sacaram a arma. A PM afirma que ao ver o vigia João Paulino Araújo Filho, caminhando em sua direção ele atirou para se defender. Foram seis disparo e um atingiu a perna do vigia, que foi socorrido pelo próprio médico. João Paulino acompanhava a esposa que está grávida.
A íntegra.