sexta-feira, 5 de abril de 2013

PPS tenta organizar oposição a Dilma

PPS é o antigo partido comunista, PCB, o partidão. Melhor dizendo: os dirigentes do antigo partidão na época em que a União Soviética acabou. Sua trajetória é em si uma aula de história, do Brasil e mundial.
É o partido mais antigo do País, foi fundado em 1922. Durante grande parte da sua história foi controlado por Stalin, que era o ditador da URSS e controlava todos os partidos comunistas do mundo. Quem não concordava, saía. Assim, saíram os trotskistas, que fundaram novos partidos e uma nova organização internacional.
No Brasil, depois dos trotskistas, saíram também muitos outros dissidentes, que fundaram organizações como a extinta Polop, e os maoístas, que fundaram o PCdoB. Também saíram do antigo partidão todas as pequena organizações que na virada dos anos 60 para os anos 70 optaram pela luta armada contra a ditadura.
O partidão continuou, fiel ao stalinismo e liderado por Luiz Carlos Prestes. Até que a URSS acabou e os dirigentes do partido resolveram jogar a água suja fora, junto a criança. Mudaram de nome, para PPS, e guinaram cada vez mais para a direita, aliando-se ao PSDB e ao DEM-PFL-PDS-Arena, fazendo do PT seu principal inimigo, assumindo um discurso moralista, tentando se tornar o partido da classe média, uma nova UDN, frequentemente mais realista que o rei, isto é, posicionando-se à direita dos demotucanos. Os militantes que discordaram disso (Prestes, inclusive) seguiram por outros caminhos, inclusive fundando um novo PCB.
O antigo partidão, na redemocratização de 1946, foi um dos maiores partidos brasileiros, até ser posto na ilegalidade pelo governo Dutra e pelo Supremo Tribunal Federal. O PPS é um partido pequeno e sem identidade, embora tenha quadros acima da média entre os pequenos partidos brasileiros. Como tem pequena expressão, se oferece para políticos famosos que ficam sem partido, como foi o caso do falecido Itamar Franco, eleito senador em 2010. Agora, noticia-se que está se oferecendo ao Serra, que perdeu espaço no PSDB. Ao mesmo tempo, como se vê abaixo, procura articular a oposição a Dilma. Fala até em "refundação do partido". Candidato próprio o partido não tem...
O PPS quer ocupar o espaço da oposição de direita, que os demotucanos, com seu encolhimento e derrotas eleitorais, não conseguem mais ocupar. Acontece que esse espaço foi ocupado pelo PT, a partir de 2002, quando chegou ao poder, se moveu para a direita e estacionou no centro. O espaço que precisa ser ocupado é outro, o que o PT deixou vazio, à sua esquerda.

Do blog da deputada Luzia Ferreira.
PPS realiza conferência política
O Partido Popular Socialista (PPS) promove, nos dias 11, 12 e 13 de abril, a conferência política "Desafios do Brasil: Equidade, Desenvolvimento e Sustentabilidade", que debaterá os mais variados temas ligados à governança local.
"Qualquer cidadão preocupado com a política e com o futuro do país pode participar das discussões políticas através da conferência do PPS. O intuito é buscar uma nova maneira de se fazer política, com debates qualificados e voltados para os interesses sociais, políticos e econômicos em sua essência", afirma a presidente do PPS – MG, deputada estadual Luzia Ferreira.
Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, dirigentes e militantes do partido participarão do encontro, que terá dentre seus palestrantes o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos (PSB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a ex-senadora Marina Silva (REDE), o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) e o ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro Fernando Gabeira (PV).
A conferência será realizada em Brasília, no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.
A íntegra.

Do saite do PPS.
Na internet, PPS pergunta qual candidatura à Presidência deve apoiar em 2014
Às vésperas da Conferência Política organizada pelo partido que reunirá, nos dias 11, 12 e 13 de abril, em Brasília, possíveis candidatos à Presidência da República em 2014, o PPS lançou nesta quinta-feira, em seu Portal na internet, uma enquete para saber que candidatura a legenda deve apoiar ao Planalto. O partido coloca como opções os nomes de Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB), Fernando Gabeira (PV), José Serra (PSDB) e Marina Silva (#Rede), além da candidatura própria.
Segundo o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), a sondagem visa estimular o debate dentro do partido sobre os rumos que a legenda deve tomar na próxima eleição presidencial. A enquete não é um critério definidor, até porque essa decisão só será tomada em convenção eleitoral do partido em 2014. No entanto, a intenção é que ela funcione como uma espécie de termômetro para a legenda.
A íntegra.

Do saite do PPS SP.
PPS anuncia Conferência para 11, 12 e 13 de abril, que pode resultar até em "refundação" do partido
A política nacional vive um momento único, com a largada antecipada da campanha eleitoral para a Presidência da República, em 2014, e a possibilidade concreta de haver candidaturas competitivas à sucessão de Dilma Roussef (PT), surgidas de dissidências da própria base governista.
O PPS, sempre antenado à realidade e vislumbrando o que já vem sendo denominado de Brasil "pós-PT", vai promover nos dias 11, 12 e 13 de abril, em Brasília, uma conferência política para a qual foram convidados -- e confirmaram presença -- todas as principais lideranças políticas apontadas como potenciais candidaturas alternativas à continuidade do petismo no poder: Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (#Rede), Aécio Neves (PSDB) e Fernando Gabeira (PV).
O objetivo da conferência política "Desafios do Brasil: Equidade, Desenvolvimento e Sustentabilidade" é debater os mais variados temas ligados à governança local e aos rumos políticos do país após 10 anos de administrações do PT, com Lula e Dilma presidentes. Leia mais aqui.
Prefeitos, vice-prefeitos, parlamentares, dirigentes e militantes do PPS, além de convidados de outros partidos e também personalidades sem filiação partidária, vão participar deste encontro, que pode inclusive resultar na "refundação" do PPS como uma nova formatação política, aglutinadora da chamada "esquerda democrática" e das forças de oposição, que buscam hoje uma alternativa à polarização PT x PSDB.
A íntegra.