terça-feira, 4 de outubro de 2011

A corrupção no judiciário

Do blog do Fernando Massote.
CNJ perde poder para caçar juízes corruptos
José de Souza Castro (*)
Leio hoje (25/9/11) na "Folha de S. Paulo" que ganha fôlego movimento para esvaziar o poder do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), criado em 2004 para controlar os órgãos da justiça no país. É uma pena que isso aconteça. Tenho lamentado repetidas vezes que a imprensa, em geral, não se anima a apurar em profundidade os malfeitos dos juízes. Sem um CNJ forte, a corrupção no judiciário tende a aumentar. A "caixa preta" do judiciário começou a ser aberta em 2007 por um relatório da Corregedoria do CNJ, que confirmou algumas suspeitas de cobrança de propina e de tráfico de influência numa categoria até então imune a críticas oficiais. Até agora, o CNJ tem poderes para investigar juízesindependentemente do início de apurações pelas corregedorias dos tribunais. O que se quer, é mudar isso. Entre os interessados na mudança está a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que entrou com ação no Supremo. Não tenho como saber se é verdade, mas no dia 13 último o jornal "Hoje em Dia" publicou que um juiz de Montes Claros, Danilo Campos, escreveu, ao examinar um processo, que a representação da classe "tornou-se refúgio de magistrados carreiristas, que lograram o milagre de fazer da arriscada atuação sindical uma fonte perene de proveito para suas carreiras." O juiz faz parte de um tal Comitê de Combate à Corrupção. Não sei do que se trata.
A íntegra.