sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Como será o novo transporte coletivo em BH?

Ninguém sabe, talvez nem os tucanos da prefeitura e do governo estadual. A notícia abaixo é só propaganda, mais propaganda. Mesmo porque o dinheiro vem sempre do governo federal, já que o Estado está quebrado.
Espalhados no Centro e na Savassi, buracos anunciam que "o metrô é a solução" (desde as vésperas da eleição de outubro passado); nas Avenidas Santos Dumont e Antônio Carlos obras para o BRT; há pouco tempo tinham sido terminadas as "obras definitivas" de ampliação da mesma Antônio Carlos e da Cristiano Machado. Está passando da hora de uma boa reportagem mostrar como será o transporte coletivo na capital mineira depois de tanta obra e desobra -- ou será reobra? Para quando? Só o que se sabe é que muito dinheiro será dado a empreiteiras que colaboram em campanhas dos governantes.
A solução do transporte em Belo Horizonte é simples e barata, dada pela própria planta da cidade, mas tem que privilegiar o transporte coletivo e enfrentar os interesses dos donos de empresas de ônibus (que têm até um senador) e os políticos que recebem dinheiro deles. Bastaria uma boa linha de ônibus na Avenida do Contorno, interligando -- em terminais -- linhas também exclusivas destinadas a todas as regiões da cidade, nas principais avenidas, sempre em corredores exclusivos; e linhas de microônibus, saindo dos terminais em direção aos bairros, passando em ruas mais estreitas. O morador se movimentaria como num plano cartesiano, trocando de ônibus -- como, aliás, funciona o metrô, que é muito mais caro, porque tem de ser todo construído e debaixo da terra.
Um plano simples, que atenderia os moradores, diminuiria o número de veículos em circulação, diminuiria a poluição, mas diminuiria também o lucro das empresas de ônibus, que mandam no atual sistema e impedem mudanças. Não é à toa que o modelo abaixo prevê "linha expressa" e "linha semiexpressa": quanto mais linhas mais empresas contempladas -- e também um sistema mais irracional e mais caro.

Do blog da deputada Luzia Ferreira. 
Região metropolitana de BH terá 13 terminais de integração de ônibus e BRT
O governo de Minas lançou nesta quarta-feira(30/1/13) o Projeto Terminais Metropolitanos de Integração. O projeto contempla a construção de 13 terminais de integração na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a fim de melhorar o transporte público de passageiros e reduzir o tempo de viagens, encurtando as distâncias. Serão investidos R$ 187 milhões no programa.
Durante o lançamento o governador Antonio Anastasia assinou o despacho que determina à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e ao Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (Deop) que coloquem como prioridade a construção de terminais em de Contagem, Ibirité, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Sarzedo e Vespasiano. Está prevista ainda a reforma dos terminais na capital.Os locais para a construção dos terminais foram escolhidos tendo em vista reduções de percursos, tempo de viagem e número de veículos em circulação no centro da capital; minimização dos custos de obra e do impacto em áreas residências. Os usuários serão levados por linhas alimentadoras até os terminais, onde poderão optar por linhas expressas ou semiexpressas para chegar à região central da capital mineira.
A íntegra.