E dos partidos seus aliados, no caso o PMDB.
Museu do Índio vira Memorial Olímpico -- e os indígenas que se danem.
Escola vira sala de aquecimento -- e os alunos que andem mais dois quilômetros.
Parque aquático e estádio de atletismo viram estacionamento -- e os atletas que se virem.
Parece exagero, mas é a verdade. Escola, museu, parque aquático, estádio de atletismo, tudo isso será demolido e seus usuários expulsos para que as exigências da Fifa e do COI sejam atendidas, os empreiteiros ganhem muito dinheiro e os políticos levem o seu.
E, claro, é a iniciativa privada quem vai explorar, depois que o dinheiro público fizer as obras.
Não tem nada a ver com desenvolvimento nem com esporte, é só canalhice mesmo.
Contra atos assim os tucanos não abrem o bico, porque são favoráveis e fariam a mesma coisa. Ou pior.
Da Rede Brasil Atual
Rio decide demolir escola e retirar índios de área do Maracanã
Edital de concessão confirma demolição da Escola Friedenreich e remoção da Aldeia Maracanã
Por Maurício Thuswohl
Rio de Janeiro – A bola ainda não rolou para a partida inaugural do novo Maracanã, mas o estádio carioca, que receberá jogos da Copa das Confederações em junho e da Copa do Mundo no ano que vem, já tem seus primeiros derrotados: os estudantes da Escola Municipal Friedenreich e os indígenas que ocupam há sete anos o terreno do antigo Museu do Índio e lá organizaram a Aldeia Maracanã. Publicado ontem (25/2/13) no Diário Oficial do Estado pelo governo do Rio de Janeiro, o edital de concessão, operação e manutenção do Maracanã prevê a demolição da escola. Após pressão da sociedade, o Museu do Índio será preservado, mas os indígenas serão retirados e o prédio abrigará o futuro Memorial Olímpico.
A ferrenha oposição dos pais dos alunos e o fato de a Friedenreich ter sido considerada a quarta melhor escola do Rio segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) não sensibilizaram o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. O edital de concessão do Maracanã prevê que a escola seja demolida e reconstruída no terreno onde hoje já existe a Escola Municipal Orsina de Castro, no bairro da Tijuca e distante cerca de dois quilômetros do Maracanã.
Após a demolição da escola, de acordo com o edital, serão erguidas no local duas salas de aquecimento para as seleções que forem jogar no estádio durante a Copa do Mundo. As instalações, segundo o governo, servirão também em 2016, quando serão utilizadas por atletas que forem competir no Maracanãzinho.
A sessão de licitação está marcada para 11 de abril, no Palácio Guanabara. Segundo o edital do governo, a empresa vencedora ficará também responsável por gerir o Maracanãzinho e as obras de adaptação do entorno do Complexo do Maracanã, o que inclui o prédio do Museu do Índio. Também estão confirmadas as demolições do Parque Aquático Júlio Delamare e do Estádio de Atletismo Célio de Barros, para desespero de nadadores e atletas brasileiros que ainda não têm novo abrigo definitivo para substituir os dois ícones do esporte no Rio, ambos considerados excelentes pontos para treinos e competições.
A íntegra.