Como diz Noam Chomsky, o que está vindo a público só confirma o que os mais razoáveis supunham. Inclusive a cumplicidade de "grande" imprensa com o governo americano. Tráfico de drogas não acaba porque interessa aos poderosos. Os grandes veículos de comunicação publicam o que lhes interessa.
Do Viomundo.
Arma mortal
por Heloisa Villela, de Nova York, especial para o Viomundo
A CIA deu proteção aos grandes traficantes de drogas do mundo.
A imprensa norte-americana, prostituída por acesso ao poder, promove a guerra contra as drogas — que gasta bilhões de dólares sem resultados.
A solução para o problema do tráfico é dar poder às comunidades afetadas pelo comércio e consumo das drogas.
Estas são algumas conclusões de Michael Levine depois de 25 anos de experiência como agente secreto da Agência de Combate às Drogas (DEA) dos Estados Unidos. Norte-americano do Bronx, ele escreveu três livros nos quais conta, em detalhes, todas as operações que poderiam destruir grandes cartéis, mas que foram sabotadas pela CIA, a Central de Inteligência.
Quando não aguentava mais a frustração, Michael Levine escreveu uma longa carta sobre a participação da CIA no chamado "golpe da coca", na Bolívia, em 1980, que colocou o general Luis García Meza no poder. Michael enviou a carta a dois jornalistas da revista Newsweek. Um deles, Larry Rohter -- que mais tarde se tornaria correspondente do New York Times no Brasil e ficou famoso por publicar reportagem difamando o ex-presidente Lula, sugerindo ser um bêbado.
A carta, registrada, foi entregue. Ele guarda até hoje o recibo. Michael passou duas semanas ao lado do telefone, esperando que os jornalistas o procurassem em busca de mais informações. Nada. Na terceira semana, finalmente, o telefone tocou. Era o Departamento de Segurança Interna da DEA, avisando que ele estava sendo investigado.
A íntegra.