A velha imprensa continua buscando fórmulas para sobreviver. Esta abaixo me parece razoável, mas não muda o fato de que a internet é um novo paradigma, no qual todos somos proprietários, produtores e consumidores de informações. O novo jornal na internet está sendo inventado: deve ser colaborativo, coletivo, ágil, e o jornalista, penso eu, um intermediário, editor, além de produtor qualificado. Já as velhas publicações impressas não deixarão de existir, mas devem buscar fórmulas nas quais sejam úteis. Não adianta berrar para surdos.
Do blog do Tessler, Terra Magazine.
O novo perfil do intermediário
Para que usar uma central de táxis se o usuário usa o aplicativo de localizar e chamar os carros mais próximos – grátis?
Por que comprar passagens aéreas em agências se as companhias
incentivam a compra direta, sem comissões – e ainda oferecem enormes
descontos?
E para que servem os jornais feitos no velho estilo de notícias,
notícias e mais notícias, se as informações relevantes chegam à
audiência em tempo real por dispositivos móveis e por mídias mais ágeis
que o papel?
O jornal por anos e anos era o encontro
entre informação, anunciantes e leitores. Hoje a informação chega de
várias formas, o anunciante produz conteúdo, o leitor compra direto da
loja, a audiência vê a notícia acontecer ao vivo.
É a morte dos jornais? Não, é a morte dos jornais que não quiserem se
reinventar. O jornal-intermediário está com os dias contatos. O
jornal-que-cria-valor tem enorme futuro pela frente.
No auge da crise europeia, o jornalista francês Nicolas
Beytout lançou em maio o jornal L'Opinion, de segundas a sextas, com
apenas 8 a 12 páginas – e quase nada de publicidade. Não espere saber
quanto foi o jogo do Paris Saint Germain, mas conheça o negócio que há
por trás de uma equipe de futebol. O jornal, vendido a EU$ 1,50 cada
edição, parece estar bem encaminhado, da mesma forma que as versões web e
tablet (que não são meras reproduções da edição em papel, mas outro
produto – a pagamento).
A íntegra.