Realizado no dia 26/8/13 e transmitido pela internet. Todos são paulistas, exceto um, que, no entanto, atua em SP. O PT -- como o PSDB -- é um partido paulista.
Todos dizem as mesmas coisas com palavras diferentes: o partido precisa se renovar, se abrir aos jovens, se reaproximar das suas bases originais, os movimentos sociais; o governo Dilma precisa ampliar a democracia participativa e fazer reformas democratizantes, especialmente a reforma política e a reforma das comunicações. Todos também -- exceto o atual presidente -- reafirmam o socialismo democrático (expressão redundante) como saída para a crise do capitalismo que assola o mundo. Por que então tantos candidatos? Por que se opõe um aos outros?
Não que seis candidatos seja ruim, ao contrário, a disputa possibilita o debate de ideias e o esclarecimento de caminhos -- por ela sabemos, por exemplo, que o deputado Cândido Vacarezza (também paulista) representa um grupo dentro do PT que sabota o próprio partido em benefício do PMDB; sabemos também que a vontade do diretório federal prevalece sobre a vontade do partido.
Sabemos, afinal, o principal: que, apesar de ter tantas correntes (representadas por seis candidatos), o PT é dirigido majoritariamente por uma corrente que considera mais importante do que qualquer bandeira levantada pelo partido a aliança com o PMDB e com o capital; só por meio dessa aliança é possível eleger Dilma e governar, diz o atual presidente do PT, Rui Falcão.
Permanece, no entanto, um mistério que o PT herdou dos inúmeros grupos de esquerda dos anos 60 e 70, só compreensível pelos iniciados: quais são as divergências entre os vários grupos minoritários, já que todos querem as mesmas coisas? Por que não se unem?
O mais importante do debate, no entanto, é sua transmissão pela internet, coisa jamais feita antes e que possibilita a todo brasileiro, seja militante do PT ou não, conhecer as principais lideranças e ideias do partido que governa o País há mais de dez anos e provavelmente vencerá a próxima eleição.