quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O Partido (que se distancia) dos Trabalhadores

O leilão do Campo de Libra provoca mais uma ruptura na trajetória do PT governista, partido do capital e do possível para os trabalhadores. Só o futuro -- pelos resultados dela -- dirá se a decisão do governo foi correta ou não e se os ganhos valeram as perdas.

Do blog Viomundo.
PT: A despedida de Emanuel Cancella, do Sindipetr
À Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores, PT
C/C À direção Municipal e Estadual do PT do Rio de Janeiro
É com tristeza que me despeço dos companheiros! Durante décadas ajudei a construir o PT. Dediquei grande parte de minha vida ao partido, e o único partido ao qual me filiei. Nunca tive cargo no partido e em nenhuma empresa e governo, como também nunca o desejei. Que fique claro que não tenho nada contra quem ocupa cargos, muito pelo contrário, acho legítimo! O leilão de Libra, para mim, é a gota dagua que faltava para me afastar definitivamente de um partido que, a cada dia, se torna mais entreguista e neoliberal.
O Partido dos Trabalhadores se coloca agora contra uma das principais bandeiras do povo brasileiro, o qual foi para as ruas na década de 40 e 50, na campanha "O petróleo é nosso!", a maior campanha cívica que este país conheceu! Continuarei a participar ativamente dos movimentos sindicais e sociais, mas não posso levar nas costas o peso de um partido que tão importante para a organização da classe trabalhadora e a democratização do país, transformando-se hoje num partido burguês, a serviço do grande capital dos patrões e a defender privatizações, com ajuda até do exército, diga-se de passagem.
Como se não bastasse, o PT continua a defender o governador do Rio, Sérgio Cabral, símbolo da corrupção no País, e apóia também o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Sérgio Cabral e Eduardo Paes mandaram a PM bater em professores! Não dá para um militante socialista, com o mínimo de dignidade e de compromisso com a classe trabalhadora e a soberania de nosso país, continuar no PT.
A íntegra.