Do Envolverde.
Decifrado diálogo entre selva amazônica e água
Por Alice Marcondes.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), se nos próximos anos não houver políticas efetivas para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa, a Amazônia chegará ao final do Século XXI com 40% menos chuva, com temperaturas médias de até oito graus acima do normal. Isso converteria a Amazônia em uma fonte emissora de dióxido de carbono, em lugar de um depósito desse gás-estufa. A conclusão é do Experimento em Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA, sigla em inglês), criado por cientistas do Brasil e de outras partes do mundo para entender plenamente esse complexo sistema. Após 20 anos de pesquisas, os dados coletados constituem um alerta. A Agência Internacional de Energia estima que, em 2010, a população mundial lançou na atmosfera o recorde de 30,6 gigatoneladas de dióxido de carbono, principalmente procedente da queima de combustíveis fósseis. "As pesquisas nos mostram que a floresta tem um grande poder de resiliência, mas também que este poder tem limites", disse ao Terramérica o físico Paulo Artaxo, presidente do Comitê Científico Internacional do LBA.
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