Minoria de juízes desonestos faz barulho contra a fiscalização.
Da CartaCapital.
"Calmon tem postura forte e sabe que está acuada politicamente"
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, expôs, novamente, as feridas do Judiciário nesta terça-feira 28/2/12. Durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), que discute a proposta de emenda constitucional que amplia e reforça os poderes correcionais do CNJ, a ministra disse ser necessário punir juízes "vagabundos" para proteger uma maioria de magistrados honestos. Segundo Frederico Ribeiro de Almeida, coordenador do curso de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e cientista político, em entrevista à CartaCapital, há um corporativismo entre os magistrados. Para o estudioso, os desvios éticos sempre existiram, mas devido "o Judiciário ser um poder muito fechado, não se tornavam públicos". Na audiência, também se desmistificou o argumento de que a corrupção de magistrados se concentra no Sudeste, região onde foram identificados vultuosos pagamentos antecipados – da ordem de 1 milhão de reais – em São Paulo e, em menor escala, no Rio de Janeiro. "Os estados mais pobres são aqueles que pagam mais. Tanto que muita gente [magistrados] não quer ser ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque vai ganhar muito menos", comentou a ministra.
A íntegra.