quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A suspensão do programa nuclear da Coreia do Norte

A notícia mais surpeendente dos últimos anos. Está por ser explicada.

Do Sul 21.
Coreia do Norte aceita suspender programa nuclear em troca de alimentos
Da Redação
A Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira (29/2/12) a suspensão de seu programa nuclear em troca de um pacote de 240 mil toneladas de alimentos dos Estados Unidos. Segundo o acordo, estão suspensos o enriquecimento de urânio e os testes de armas nucleares como, por exemplo, os mísseis de longo alcance. Além disso, a Coreia do Norte também autorizará a visita e o monitoramento de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) para a desativação do reator nuclear norte-coreano de Yongbyon. O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte confirmou o acordo em comunicado, destacando que as negociações com as autoridades dos Estados Unidos "ofereceram um espaço para uma discussão sincera e profunda de medidas para a construção e o progresso de uma relação de confiança". Em outro comunicado, o Departamento de Estado dos EUA qualificou o acordo como um progresso "importante, mesmo que limitado". "Os Estados Unidos continuam a ter profunda preocupação com o comportamento da Coreia do Norte em diversas áreas. Mas o anúncio de hoje reflete um progresso importante, mesmo que limitado, nessas questões", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland. Em troca das concessões norte-coreanas, os Estados Unidos estariam "preparados para melhorar as relações bilaterais, no espírito de respeito mútuo pela soberania e igualdade", além de incentivar o intercâmbio cultural, educacional e esportivo com os norte-coreanos. Uma reunião para acertar os detalhes da ajuda alimentar será realizada entre EUA e Coreia do Norte na próxima semana. Segundo o jornal New York Times, o governo Obama se recusou a admitir oficialmente que a ajuda alimentar estaria envolvida com as negociações, e que a doação teria fins puramente humanitários, o que foi desmentido pelas autoridades norte-coreanas. O anúncio ocorre apenas dois meses depois da morte do ex-líder Kim Jong-il, que foi sucedido pelo seu filho, Kim Jong-un.
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