Antigamente se dizia "copa do mundo", agora se diz "copa da Fifa". Não à toa, como mostra o documentário "Marca Registrada 2010" da televisão alemã sobre a copa realizada na África do Sul. Exigências absurdas fazem parte da "lei geral da copa". Segundo a CartaCapital, fecha-se o cerco ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, investigado por corrupção.
Do Pública.
A Fifa manda
O Brasil se prepara para receber a Copa do Mundo em 2014, anunciada pelo governo e pela Fifa como uma grande oportunidade para o País. Trabalhadores teriam mais empregos, comerciantes lucrariam mais, e a população das 12 cidades sede se beneficiaria com investimentos em infraestrutura que perdurariam depois dos eventos. O documentário que o jornalista Rudi Boon fez para a tevê alemã, em 2009, quando os africanos viviam a efervescência do pré-Copa, mostra que podemos estar vivendo uma grande ilusão. O país que recebe o megaevento é mais cenário do que ator, e sua população perde direitos básicos, vigiada até no uso da linguagem: os africanos, por exemplo, não podiam usar o termo Copa do Mundo, nem Copa da África do Sul, ou Copa 2010, nem pintar esses dizeres em camisetas e souvenirs. A população perdeu espaços coletivos e os produtos comercializados em qualquer local próximo aos estádios eram decididos pela Fifa. Essas regras também fazem parte do acordo do Brasil com a Fifa para 2014.
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