Uma boa análise do Mauro Santayana, um dos poucos analistas sensatos que restaram na velha imprensa brasileira. Como o governo petista gerencia os negócios do capital no Brasil.
Do blog do Mauro Santayana.
A visita de Biden, os EUA e o Brasil
A vinda do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Brasil e a confirmação da visita de Estado da presidente Dilma Roussef aos EUA apontam para uma mudança de patamar nas relações entre os dois países.
Tradicionalmente avessos a uma aproximação maior com a América do Sul, os Estados Unidos parecem ter subitamente despertado para a importância do Brasil na região e no mundo. Entre outros fatos, essa presença internacional explica a recente vitória do Brasil na OMC, contra o voto contrário de 26 países da União Européia e dos próprios EUA.
O Brasil, hoje, por qualquer ângulo que se veja, é o parceiro necessário na região.
O maior projeto petroquímico do México está sendo executado por uma empresa brasileira. Pouco ao leste, no mar das Antilhas, a obra mais importante de Cuba, o novo Porto de Mariel, é financiada pelo Brasil e está sendo realizado por outra empresa brasileira, assim como novas usinas da Azcuba, estatal de produção de açúcar, e de vários projetos de modernização agrícola.
Na Bolívia, a venda de gás ao Brasil é de importância vital para aquele país, que nos envia, todos os dias, 30 milhões de metros cúbicos. Também na Bolívia e no Peru, o Brasil projeta e constrói a rodovia e a ferrovia transoceânicas, que irão nos levar aos portos do Pacífico e facilitar o incremento das relações comerciais entre os dois lados do continente.
Ainda no Peru, empresas brasileiras abrem túneis nas montanhas dos Andes, para levar águas para a irrigação de áreas áridas. No Paraguai, o Brasil financia e constrói uma linha de transmissão de energia de Itaipu ao oeste do país. Na Argentina, o maior projeto em discussão hoje, é o da exploração das reservas de potássio de Rio Colorado, a ser executada por uma empresa brasileira.
A íntegra.