Quem manda no Brasil são os evangélicos, a fifa, o agronegócio e a mediocridade. Quando a esquerda não respeita a diversidade é porque já virou direita. O PT se abaixa tanto que está ficando difícil distinguir Dilma do Aécio, assim como Lacerda do Pimentel.
Aqui uma boa análise publicada pela Carta Capital.
E, ao ler esta notícia, também é bom ler esta.
OBS: Este post está sendo muito lido e tem recebido comentários de pessoas que não se identificam e por isso não são publicados.
Do Viomundo.
"Padilha colocou o moralismo acima da ciência; mortes virão"
por Conceição Lemes
O preconceito, o oportunismo, o conservadorismo e a ignorância venceram mais uma vez a saúde pública e violaram direitos.
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde lançou no final de semana nas redes sociais uma campanha destinada às profissionais do sexo. Com o tema "Sem vergonha de usar camisinha", o objetivo é reduzir o estigma da prostituição da associada à infecção pelo HIV e aids.
Porém, nessa terça-feira 4, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cometeu dois desatinos, após protestos da bancada evangélica.
Primeiro, mandou tirar do ar, inclusive da página do Departamento de DST/Aids, uma das peças da campanha que tinha os seguintes dizeres: "sou feliz sendo prostituta". A peça trazia o logotipo do ministério e havia sido divulgada no twitter. As chamadas com destaque na página do Departamento também sumiram.
Segundo, no final da tarde, demitiu sumariamente o diretor do Departamento de DST/Aids do Ministério, o dr. Dirceu Greco, infectologista de renome mundial e professor titular da Faculdade de Medicina da UFMG. É um dos nomes históricos da luta contra a aids e um dos maiores especialistas em bioética e ética em pesquisas no Brasil.
Em entrevistas à mídia, Padilha disse: "Enquanto eu for ministro, não acho que essa tem que ser uma mensagem passada pelo ministério".
Em pouco mais de um ano, é a terceira vez que Padilha censura material destinado à prevenção de DST/Aids.
No início desta tarde Dirceu Greco enviou esta mensagem a todos os seus colaboradores: "Relembro que a política brasileira de enfrentamento das DST, Aids e Hepatites Virais, reconhecida nacional e internacionalmente, é maior que o Departamento e deve ser mantida como política de Estado e não só de governo".
A íntegra.