sexta-feira, 14 de junho de 2013

PT, PSDB, Folha, Estadão e Globo: finalmente unidos!

A repressão tucana em São Paulo não é nova, a novidade é a adesão dos petistas, via prefeito Haddad e por conta do estado de sítio das copas, que o governo federal impôs ao País. Ainda é tempo do PT recuperar a razão.
A matéria da Folha é patética. Ela própria pediu repressão para os manifestantes. Agora fala em "falta de discernimento da PM". Traduzindo: bater e atirar em manifestantes, está certo, mas nos nossos repórteres (que trabalham como assessoria de imprensa da PM, para publicar o ponto de vista oficial reacionário), não.
E é com essa imprensa decrépita que o PT está perfilando. É essa polícia covarde (palavra da Folha) e sanguinária que o prefeito Haddad está apoiando.
O relato da repórter da Folha atingida no olho:  
Giuliana conta que um policial, que estava a cerca de 20 metros de distância, mirou em sua direção e disparou. Ela conta que estava com o crachá da Folha pendurado no pescoço, mas acredita que o policial não tenha visto a identificação. "Não estava protestando, não tinha nenhum manifestante na rua em confronto. Ele simplesmente apontou a arma na minha direção e atirou. Eu estava na porta do estacionamento, na calçada." 
Para a jornalista, o policial teve a intenção de atingi-la. "Eu não estava filmando, não estava tirando foto. Estava apenas na rua quando ele disparou", afirma. 
 Giuliana conta que cobriu os protestos de terça-feira (11) e de ontem e que a violência por parte da polícia estava maior no último protesto. "A situação estava fora de controle. Na terça, existia confronto. Ontem, as pessoas pediam para não haver violência e mesmo assim a PM jogou bombas e atirou com balas de borracha".

Repórter da Folha experimenta o "rigor da lei", pedido pelo jornal  

Do blog Escrevinhador.
A liberdade está salva!
Folha e Estadão pediram ordem: Geraldo Alckmin atendeu
por Rodrigo Vianna
Folha e Estadão são velhos defensores da ordem. Em 64, defenderam uma "ordem" curiosa: em nome da Democracia, era preciso atentar contra a Democracia. A gloriosa imprensa nacional implorou pelo golpe. E foi atendida. Nos anos seguintes, jornalistas foram presos, torturados. Na época, a maioria dos jornalistas tinha noção exata de que o interesse do patrão não era o interesse do jornalista. Os dois não se confundiam.
Os anos 90 transformaram os jornalistas em "novos-ricos", apesar de quase sempre mal pagos. O novo-riquismo se expressava em um jeito "moderno" de se vestir, que eu vi de perto na Redação da Barão de Limeira: chefes com calça pula brejo, gravatas coloridas, um jeito espalhafatoso que alguns chamavam de "yuppie". Muitos, mesmo sem ser chefes, embarcaram no modismo. Vestiram roupa dos chefes, passaram a pensar como os patrões. Jovens recem-saídos da faculdade chegavam às redações achando que eram sócios da "liberdade de imprensa" dos patrões.
Muitos jornalistas defendem as ideias do patrão porque se confundem com o jornal ou a revista (ou a TV, ou a rádio, ou o Portal da internet) em que trabalham. Claro que há exceções, há lucidez aqui e ali. E há aqueles que, simplesmente, lutam para sobreviver em redações cada vez mais insanas. Folha e Estadão, nas últimas semanas, forneceram um ensinamento importante. A opinião do dono do jornal não se confunde com o interesse do jornalista. Representantes do pensamento (?!) oligárquico, os dois ex-jornalões paulistanos passaram os últimos dias a implorar ao governador bandeirante: bote ordem no coreto, prenda e arrebente.
A íntegra.

Da Folha de S. Paulo.
Em protesto, sete repórteres da Folha são atingidos; 2 levam tiro no rosto
Sete jornalistas da Folha foram feridos com balas de borracha ou atingidos por spray de pimenta de policiais militares de São Paulo enquanto cobriam as manifestações contra o aumento das tarifas de ônibus na região central. Os sete estavam identificados como profissionais de imprensa.
A repórter da TV Folha Giuliana Vallone teve a região do olho direito atingida por uma bala de borracha e foi hospitalizada. A Folha repudia toda forma de violência e protesta contra a falta de discernimento da Polícia Militar no episódio.
A cabeleireira Valdenice de Brito, 40, testemunhou o momento do disparo. "Quando ela me disse para sair dali por causa do tumulto, um policial mirou e atirou covardemente nela."
A íntegra.