Os movimentos sociais levaram Lula e Dilma ao poder, e acertaram ao fazer isso: os governos petistas foram muito melhores do que os governos anteriores, desde 1964.
Graças a eles não entramos na crise capitalista em que grande parte do mundo está; graças a eles houve distribuição de renda e diminuição da
miséria.
O povo na rua não quer tirar Dilma nem o PT, mesmo porque as alternativas a eles são muito piores, como demonstraram FHC, Collor, Sarney, tucanos, PFL-"democratas" e militares.
O povo não quer menos, o povo quer mais.
Da Agência Carta Maior
Carta aberta dos movimentos sociais à Presidente Dilma.
São Paulo, 19 de junho de 2013
Carta aberta à presidente Dilma Rousseff
Cara Presidente,
O Brasil presenciou nesta semana mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas cidades. Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular. Mais que um fenômeno conjuntural as recentes mobilizações demonstram a gradativa retomada da capacidade de luta popular.
Foi essa resistência popular que possibilitou os resultados eleitorais de 2002, 2006 e 2010. Nosso povo insatisfeito com as medidas neoliberais votou a favor de um outro projeto.
Para sua implementação esse outro projeto enfrentou grande resistência principalmente do capital rentista e setores neoliberais que seguem com muita força na sociedade.
Mas enfrentou também os limites impostos pelos aliados de última hora, uma burguesia interna que na disputa das políticas de governo impede a realização das reformas estruturais como é o caso da reforma urbana e do transporte público. A crise internacional tem bloqueado o crescimento e com ele a continuidade do projeto que permitiu essa grande frente que até o momento sustentou o governo.
As recentes mobilizações são protagonizadas por um amplo leque da juventude que participa pela primeira vez de mobilizações. Esse processo educa aos participantes permitindo-lhes
perceber a necessidade de enfrentar os que impedem que o Brasil avance no processo de democratização da riqueza, do acesso a saúde, educação, terra, cultura, participação política, meios de comunicação.
A íntegra.