Organizações assim se multiplicam, no mundo e no Brasil. Com a internet, fica mais fácil acompanhar e controlar os gastos públicos, mas a questão não é só controlar, a questão é decidir os gastos públicos. Orçamentos dos governos em todos os níveis devem ser discutidos como se discutem propostas de candidatos, em eleições, e votados pela população, como votamos em vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente. Governos devem ser eleitos para executar os orçamentos votados pela população -- assim poderemos escolher se queremos centros administrativos ou escolas, estádios ou hospitais, viadutos ou metrôs. Sem isso, a democracia "representativa" não passa de enganação: somos enganados periodicamente pelos políticos que ganham nossos votos e depois vão fazer o que mandam os lobbies que pagam suas despesas.
Da Agência Brasil.
Organizações de 60 países promovem Dia de Ação Mundial pela transparência orçamentária
Stênio Ribeiro
Brasília – Organizações civis de 60 países, que compõem o Movimento Global de Transparência Orçamentária, Accountability e Participação (Btap), promovem neste sábado (28) um Dia de Ação Mundial, com iniciativas de divulgação na mídia e em redes sociais, além de teleconferências, para exigir dos governos maior abertura sobre a execução dos orçamentos públicos e as prestações de contas.
Iniciado em 2011, o Btap conta atualmente com 130 entidades da sociedade civil organizada em todo o mundo, que focam suas ações na luta pela transparência e a inclusão dos orçamentos públicos. De acordo com Iara Pietricovsky, do colegiado de gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), são itens essenciais de direito do cidadão, na fiscalização dos gastos do dinheiro que ele recolhe aos cofres públicos por meio de impostos, taxas e contribuições.
A íntegra.