Alguns blogueiros hoje fazem matérias melhores do que as de muitos jornalistas.
Do blog Tudo bem ser diferente.
Táxi acessível: uma boa!
Papo de pai
Por Carlos Wagner Jota Guedes
Uso táxi com o João duas vezes por semana – sou desses que com preguiça deste trânsito infernal preferiu não perder tempo com carteira de motorista –, é que nestes dias ele tem fisioterapia e terapia ocupacional e se não fizermos uso do táxi não conseguimos chegar à escola em tempo hábil. Como já disse outras vezes aqui, depender dos táxis convencionais é muitas vezes um problema para quem está na cadeira de rodas ou o familiar que está junto. Você fica à mercê deles quererem te transportar. Em certos pontos de táxi da cidade prefiro esperar, a pegar quem já teve má vontade, tenho razoável memória fotográfica e isso facilita. Logo que descobri o serviço do táxi acessível comecei a fazer uso. Como diz o João "esse táxi é pra todos" (ele ainda não entende a lógica de classe que impede milhares de pessoas terem acesso a este tipo de transporte), "não preciso sair da minha cadeira, isso é legal", "neste táxi eu vejo tudo que se passa na rua".
Descobri este tipo de serviço porque frequento o site da BHTrans com certa frequência, sempre fico atento a matérias publicadas nos jornais sobre questões relativas às pessoas com deficiência (PcD) e, principalmente, porque frequento diversas redes sociais. Quando converso com os taxistas, já peguei 4 ou 5 até agora, é unânime a ideia de que falta divulgação do serviço. Ainda tem muita gente que não sabe que existe ou acha que é mais caro. Nada mais equivocado. Belo Horizonte já tem 60 táxis acessíveis e o serviço, que eu conheci, é de excelente qualidade e não custa um centavo a mais que os demais táxis.
A íntegra.