O empresário que virou "a própria mesa" vira a mesa também na educação.
Nos anos 1980, ele implantou na empresa da família, a Semco, a "democracia industrial", que elevou o faturamento de US$ 4 milhões para US$ 200 milhões e o tornou um fenômeno mundial.
Lá, os operários participam das decisões; uma delas, durante o Plano Collor, foi cortar seus próprios salários em 40%; outra foi afastar o dono da direção -- mas ele acha que está ótimo assim. "A empresa vai muito bem sem mim", diz.
Há 11 anos fundou a escola Lumiar, que, entre outras inovações, não segue o currículo tradicional -- seus verbos são: desafiar, criar, experimentar, aprender. Além da escola original (numa casa antiga, em São Paulo, capital), há uma escola pública municipal e uma escola internacional, ambas em Santo Antônio do Pinhal (SP).
As entrevistas dele são bem rápidas, porque suas soluções, na empresa e
na escola, são revolucionárias e a "grande" imprensa não está muito
interessada em divulgá-las. Faz isso rapidamente, como um registro,
porque afinal ele é uma personalidade mundial.
Algumas frases de Ricardo Semler nos vídeos abaixo:
"Os meninos que saem de lá não repetem de ano nunca (nas melhores escolas para as quais vão depois) sem nunca terem feito lição de casa, sem nunca terem sido forçados (a estudar)."
"Passar a lição de casa do quadro negro para o computador é atraso de vida disfarçado de modernidade."
"O impacto da tecnologia e do computador na escola é zero."
"Papel do professor está obsoletado."
"6,3% do que é aprendido na escola serve de alguma forma residual, o resto é esquecido por completo."
"Escolas estão cada vez mais parecidas com prisões, porque as crianças não querem estar lá."
Outros vídeos com Ricardo Semler:
http://www.youtube.com/watch?v=cVPYCecz6Mo
http://www.youtube.com/watch?v=jRsg_6cXFoM
http://www.youtube.com/watch?v=iTqcLB3SnAc