A fiscalização ambiental no Senado está a cargo do senador Blairo Maggi, o maior plantador da monocultura da soja, e a comissão de direitos humanos e minorias da Câmara passou às mãos de um pastor racista e homofóbico.
Da Rede Brasil Atual.
Feliciano assume Direitos Humanos e esquerda se retira da comissão
São Paulo – Os deputados Jean Willys (PSOL-RJ), Luiza Erundina (PSB-SP) e Erika Kokay (PT-DF) bem que tentaram, pediram questões de ordem e revisões de ata, mas não conseguiram barrar na manhã de hoje (7/3/13) a posse do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. O parlamentar evangélico assume a direção do colegiado por um ano a partir desta quinta-feira. Leia entrevista com o deputado.
Antes mesmo de que o pastor Marco Feliciano fosse eleito como presidente da comissão, os deputados mais ligados à questão dos direitos humanos, e que tentaram barrar regimentalmente a posse do religioso, abandonaram a sessão – e a a própria CDH. Na terça-feira (5), a deputada Erika Kokay já havia adiantado à Rede Brasil Atual que "não compactuaria" com o que classificou como um atentado ao povo brasileiro e à credibilidade do parlamento.
"Vamos sair juntos. Essa comissão não é mais a Comissão dos Direitos Humanos", bradou Luiza Erundina, antes de sair da sala na companhia de Domingos Dutra, Erika Kokay, Jean Willys e Luiz Couto (PT-PB), entre outros. Ao todo, seis parlamentares deixaram o recinto. Em seguida, os 12 parlamentares que restaram na sessão procederam à votação, que acabou na vitória de Marco Feliciano por 11 votos a favor e um em branco.
Em seu primeiro discurso, o pastor rechaçou as acusações de racista e homofóbico e prometeu que irá trabalhar com afinco para mostrar ao povo que ele não tem qualquer preconceito contra negros ou homossexuais. "Vocês me conhecem, sempre respeitei a todos." Marco Feliciano tem sua base eleitoral em Orlândia, no interior de São Paulo. É pastor em 15 igrejas evangélicas, apresentador programas religiosos na tevê e foi eleito com 212 mil votos.
A íntegra.