O futebol é esporte popular, logo a Copa será uma festa popular,
certo? Errado. Os torcedores são despejados dos estádios, estudantes são despejados de escolas, atletas são despejados de centros de
treinamento, indígenas são despejados do museu do índio, moradores
são despejados de suas casas. Tudo em nome das obras da Copa 2014, que na
verdade é um grande negócio para dar muito lucro aos agentes da Fifa e
seus parceiros e servir de propaganda para políticos. Nós, brasileiros, vamos ver os jogos como vimos todas as outras copas: pela tevê, porque os preços dos ingressos serão absurdos.
Quem mais fala disso? Obra nenhuma despeja ricaços e
figurões como o governador Anastasia e o prefeito Lacerda. Por que será que só os pobres são atingidos? Será que se o
Pimentel não tivesse entregado a prefeitura para os tucanos essas coisas
estariam acontecendo? Patrus e Célio de Castro tiveram o mérito de
governar ouvindo o povo, respeitando os direitos dos pobres.
Este é o lado tucano do governo do PT. Os governos estadual e da capital não são do PT, são tucanos, mas o PT é cúmplice dessas ações nada democráticas e nada populares. Afinal, foi ele que inventou de trazer Copa e Jogos Olímpicos para o Brasil e me meteu com essa gente da Fifa e da CBF, famosa pela corrupção, de tal forma que nessas entidades corrupção não parece ser um desvio, mas uma norma.
Do Portal Minas Livre
Despejados pela Copa em BH
Thaíne Belissa
A bola que passa de raspão na trave, a disputa de pênaltis, os minutos finais de uma partida decisiva. Quem nunca sofreu em lances de uma Copa do Mundo? O frio na barriga e a ansiedade são sentimentos até divertidos quando o assunto é futebol. Mas quando a Copa do Mundo traz outros tipos de sofrimento, como o despejo de famílias inteiras, a vontade de torcer pela seleção perde seu encanto.
Foi assim com a dona Jacinta Moreira, de 62 anos, e outras 82 famílias que foram removidas da chamada Vila UFMG, na Avenida Presidente Antônio Carlos, em Belo Horizonte. A área ocupada estava no meio do caminho das obras da prefeitura para a Copa do Mundo. "Falaram que tinha que passar um viaduto lá e por isso precisavam tirar as pessoas. As máquinas chegaram antes de a gente sair", lembra Jacinta que morava no local há 12 anos.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, a remoção foi necessária para a transposição da Avenida Presidente Antônio Carlos, além da interligação das avenidas Abraão Caram e Professor Magalhães Penido. Foram construídos dois viadutos e uma trincheira, além de ramos de acesso. Todas as famílias foram indenizadas.
Jacinta conta que os moradores lutaram para ficar no local e recorreram a diferentes frentes de movimentos sociais. "Mas não teve jeito e tivemos que sair mesmo. Eu sinto falta de lá até hoje porque eu tinha minhas plantas, ônibus na porta, terreno plano", diz. Como indenização, Jacinta recebeu um apartamento na Pedreira Prado Lopes, mas o local não é o ideal para a dona de casa que precisa subir e descer morros para pegar ônibus. "A copa mexeu muito com as pessoas, principalmente com os pobres", conclui.
A íntegra.