quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CEF tira do ar comercial racista com Machado de Assis

A propaganda, que apresentou o escritor como branco e alto, provocou protestos e um belo artigo da escritora Ana Maria Gonçalves. Machado era mulato – ou afrodescendente. Como todos nós, aliás, independentemente da cor da pele e apesar do que quer a direita fascistoide. A Caixa pediu desculpas, comportamento de um governo decente. Exagera a nota quando diz que a Caixa sempre agiu assim. Falta explicar o que fez com as poupanças de ex-escravos.

Do saite da Caixa Econômica Federal.
Nota da Caixa
Peça publicitária Machado de Assis
Brasilia, 20 de setembro de 2011.
A Caixa Econômica Federal informa que suspendeu a veiculação de sua última peça publicitária, a qual teve como personagem o escritor Machado de Assis. O banco pede desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial. A Caixa reafirma que, nos seus 150 anos de existência, sempre buscou retratar, em suas peças publicitárias, toda a diversidade racial que caracteriza o nosso país. Esta política pode ser reconhecida em muitas das ações de comunicação, algumas realizadas em parceria e com o apoio dos movimentos sociais e da Secretaria de Política e Promoção da Igualdade Racial (Seppir) do Governo Federal. A Caixa nasceu com a missão de ser o banco de todos, e jamais fez distinção entre pobres, ricos, brancos, negros, índios, homens, mulheres, jovens, idosos ou qualquer outra diferença social ou racial. Jorge Hereda
Presidente da Caixa Econômica Federal