quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dilma e o gasto público: gastar bem e gastar mais para beneficiar a maioria

A diferença que o governo Dilma tem até agora do governo Lula é uma diferença que um governo que sucede outro tem de ter. Dilma pode ser melhor porque antes teve Lula. Essa questão de eficiência da gestão pública é importante: serviço público de qualidade, com eficiência de gastos, rapidez, respeito ao cidadão, inibição da corrupção. Isso não tem nada a ver com o modelo neoliberal, em que "qualidade" significa cortar despesas do Estado e transferir atribuições (e lucros) para a iniciativa privada. Os gastos públicos do governo federal estão aumentando para beneficiar a população. A choradeira daqueles que combatem o aumento de gastos públicos é porque o dinheiro não está indo para eles, como sempre foi. O exemplo mais gritante dessa situação é a educação pública, que era razoável até os anos 60, quando não atendia os mais pobres, e se deteriorou com a entrada das camadas populares. A ditadura e os governos neoliberais que a sucederam ampliaram o atendimento, mas não investiram num novo modelo de escola pública para atender toda a população que a frequenta agora e que significa gastar muito mais: com pessoal, espaço físico, horário integral, alimentação, cuidados médicos, dentários e psicológicos, material, equipamentos, inclusive esportivos. Como fazem os países que dão prioridade à educação.

Do Blog do Planalto.
"Nós precisamos do Estado eficiente, com gestores competentes"
Ao discursar durante a abertura do seminário Gestão de Compras Governamentais – a Experiência da Educação, em Brasília (DF), nesta quarta-feira (14/9), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a ascensão social de 40 milhões de brasileiros que viviam na pobreza e agora compõem a chamada nova classe média aumentou a responsabilidade do Estado de suprir com eficiência as demandas por serviços públicos. Ao longo desse processo – explicou a presidenta – o Estado desempenhou funções importantes tanto na área da produção, como na área da infraestrutura, criando um círculo virtuoso do crescimento com distribuição de renda e inclusão social. Agora cabe ao governo criar um círculo virtuoso da eficiência da gestão, uma exigência do processo de desenvolvimento com inclusão social. "Sem ele, nós não sustentaremos a entrada de milhões de brasileiros à condição de classe média e que vão usufruir do serviço público de educação e de saúde. Essa é uma imposição que eu chamaria a imposição mais importante do ponto de vista cultural, político, do ponto de vista dos princípios e da exigência que a sociedade brasileira fará para o Estado brasileiro. Além disso, nós somos um país que será uma das maiores potências do mundo."