O prefeito Márcio Lacerda, que é alvo de ação do Ministério Público por nepotismo, responde também a outra ação, por gastar uma fortuna dos cofres públicos com aluguel de jatinhos. É como diz o outro: questão de prioridade. Quase R$ 1 milhão para pagar jatinhos. Já para cultura, educação, saúde etc. falta dinheiro.
Prefeito de Belo Horizonte é acusado de improbidade por aluguel de jatos
Publicada em 9/8/2011
Belo Horizonte - O Ministério Público de Minas Gerais pediu a indisponibilidade dos bens do prefeito no valor total de R$ 875,9 mil, por prejuízo ao erário no fretamento de aeronaves entre fevereiro de 2009 e junho de 2011. No período, Lacerda fez a prefeitura pagar por 39 viagens, a maior parte delas a Brasília, que para a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público causaram "inequívoco dano aos cofres públicos". No inquérito que deu origem à ação civil pública por ato de improbidade administrativa há desde fretamento para reuniões com ministros em Brasília a compromissos particulares. Em novembro de 2010, por exemplo, foram R$ 29,9 mil para ir a Brasília prestigiar a posse do amigo Robson Andrade na diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Um mês depois a prefeitura gastou mais R$ 20,8 mil para que um jato levasse Lacerda ao coquetel em homenagem à diplomação da presidente Dilma Rousseff. Apesar de o ex-vice-presidente José Alencar ter sido velado e cremado em Belo Horizonte, a prefeitura da capital mineira pagou R$ 22,6 mil para que Lacerda também estivesse presente no velório em Brasília, um dia antes. Em outubro de 2009, foram gastos R$ 23,1 mil para que o prefeito não precisasse enfrentar filas de embarque na viagem a Brasília para receber uma comenda da Aeronáutica.